A Mulher da Casa Abandonada

A MULHER DA CASA ABANDONADA: Quinto ep do podcast é publicado; veja resumo e novas notícias e fotos sobre Margarida Bonetti

Podcast que conta a história de Margarida Bonetti viralizou nas redes sociais e chega ao quinto episódio com histórias terríveis

Gabriel dos Santos
Gabriel dos Santos
Publicado em 06/07/2022 às 9:31
Notícia
Reprodução
Margarida Bonetti fugiu dos Estados Unidos durante investigação de crime - FOTO: Reprodução

O jornal Folha de São Paulo publicou nesta quarta-feira (6 de julho) o quinto e penúltimo episódio do podcast A Mulher da Casa Abandonada. A série que conta a história de Margarida Bonetti, que escravizou uma empregada doméstica nos Estados Unidos, virou uma febre nas redes sociais. 

Nesse episódio, o jornalista e apresentador de A Mulher da Casa Abandonada, Chico Felitti, dedica-se a explicar as entranhas da história que faz algumas pessoas brancas acharem que são superiores aos negros e como são os processos judiciais que analisam os crimes cometidos por patrões que submetem trabalhadores a condições semelhantes com a escravidão. 

Para isso, Chico Felitti conta a história de três mulheres que, assim como a empregada de Margarida e Renê Bonetti, também tiveram todos os direitos trabalhistas negados, além de sofrerem humilhações e agressões físicas.

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Uma das vítimas é Madalena Gordiano, que era mantida como escrava de uma família em Minas Gerais. Resgatada aos 46 anos em 2020, ela viveu por 38 anos, sem os direitos básicos de um ser humano.

Além de não receber salário e ter uma carga horária exaustiva de trabalho, a mulher também passava fome, não podia comer o que não fosse indicado pelos patrões.

Racismo estrutural

Uma especialista ouvida no podcast também comenta sobre as questões históricas que reforçam a compreensão de algumas pessoas de que acham que podem explorar mulheres negras, de baixa escolaridade e baixa renda. É uma das faces do racismo estrutural. 

Outros casos de mulheres escravizadas também são contadas no 5º episódio do podcast. Humilhação, impedimento de que a vítima saia de casa, nenhum contato com família são algumas das características reconhecidas em pessoas que vivem em condições análogas à escravidão. 

Casos são recorrentes

Segundo o Ministério do Trabalho, 46 pessoas foram resgatadas em condições análogas desde 2016. Só em 2022, já foram 7. Um dos mais recentes aconteceu no Rio de Janeiro. Os criminosos mantiveram a mulher por mais de 70 anos em condições análogas à escravidão. A história dela também é contada no novo episódio do podcast A Mulher da Casa Abandonada.

Denuncie!

Se você sabe de pessoas que são submetidas a situações de escravização, denuncie anonimamente. A denúncia pode ser feita pelo site: ipe.sit.trabalho.gov.br

Na denúncia, é necessário informar o endereço de onde o crime é cometido (como a casa onde a vítima trabalha, por exemplo) e um pequeno relato do que você sabe que acontece no local. 

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