A MULHER DA CASA ABANDONADA: Saiba como estão René Bonetti, Margarida Bonetti e os demais envolvidos no caso

Nos últimos dias uma narrativa intrigante, que mais parece o roteiro de ficção, se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais: A história de Margarida Bonetti, "A Mulher da Casa Abandonada".

O novo podcast da Folha de São Paulo traz a investigação minuciosa de Chico Feliti sobre a vida dessa figura excêntrica que vive há décadas no Brasil, sendo procurada pelo FBI por um crime bárbaro.

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Saiba como estão os personagens da história hoje:

MARGARIDA BONETTI

Margarida Bonetti é a senhora que esconde seu rosto com uma grossa camada de pomada, é responsável por manter uma empregada doméstica brasileira em cárcere privado por 20 anos nos Estados Unidos.

Nascida em uma família rica em São Paulo, Margarida Bonetti se casou com o engenheiro René Bonetti. O casal logo decidiu se mudar para os Estados Unidos e recebeu a empregada doméstica da família dos pais como "presente".

Moradora solitária da mansão abandonada em Higienópolis, São Paulo, desde a morte da sua mãe em 2011, Margarida não tem sido vista desde que o podcast começou a fazer sucesso.

Não se sabe quando a fugitiva deixou o imóvel e nem onde ela está, mas sabe-se que ela não habita mais o local.

RENÊ BONETTI

O marido de Margarida, Renê Bonetti, chegou a ser condenado por 6 anos pelo crime. sem direito à liberdade condicional, Renê desembolsou o pagamento de US$ 100 mil de multa ao Estado e, no mínimo, US$ 110 mil em salários devidos à vítima.

Conforme apuração de Chico Feliti, o engenheiro eletrônico Renê Bonetti cumpriu a pena em uma prisão federal e hoje é diretor na Northrop Grumman Corporation. A empresa presta serviços para a Nasa.

A VÍTIMA

A empregada doméstica brasileira, vítima de Margarida Bonetti, foi mantida em cárcere privado por 20 anos nos Estados Unidos.

Além de ser privada de liberdade, em um país do qual não dominava a língua, a empregada nunca recebeu salário e era submetida a condições desumanas e violências.

Obrigada a trabalhar das 6h às 22h, houve uma ocasião em que a empregada foi lesionada na perna e teve atendimento médico negado, apesar de fraturas e ossos quebrados.

Após liberta da condição análoga a escravidão, a vítima passou a viver dignamente em uma residência dos Estados Unidos. O local é mantido sob sigilo.

Margarida chegou a afirmar a um porteiro vizinho que era "amiga" da empregada. A afirmação foi negada pela própria vítima em rápido contato por telefone com Chico Felitti. "Não, eu não falo com ela desde que aconteceu esse problema", disse a vítima ao podcast.

VICKY SCHNEIDER, A TESTEMUNHA

A americana Vicky Schneider foi a peça principal para a libertação da empregada doméstica brasileira. Vizinha da família e única amiga da vítima, a mulher denunciou o casal para o FBI.

Hoje ela ainda vive na mesma casa, ao lado da antiga residência dos Bonetti, na cidade americana de Gaithersburg.

"Primeiro eu entrei em contato com a igreja, com o padre, e contei tudo o que estava acontecendo. Depois entrei em contato com uma advogada famosa da região, que ajudou a formular a denúncia para o FBI", relatou ao podcast.

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