Guilherme de Pádua e Paula Thomaz foram condenados pelo assassinato de Daniella Perez em 1997, o ator foi sentenciado para 19 anos de prisão enquanto sua esposa recebeu 18 anos e seis meses de pena.
Ainda que os dois tenham servido menos que o tempo determinado, ambos liberados mais cedo do sistema prisional por bom comportamento, em termos jurídicos, a sentença foi cumprida.
O que muitos que acompanham o caso não sabem é que Guilherme e Paula possuem a ficha de antecedentes criminais limpa, sem qualquer menção à morte de Daniella Perez, que aconteceu 30 anos atrás.
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Agora, os dois levam vidas comuns, ainda que não estejam mais juntos. Apenas a polícia e a Justiça conseguem ter acesso ao arquivo completo em que estão descritos os trâmites do crime que hoje é contado no documentário "Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da HBO Max".
De acordo Matheus Falivene, advogado ouvido pelo portal Notícias da TV, a situação da ficha limpa acontece devido ao conceito de reabilitação criminal, um tipo de benefício jurídico criado com o intuito de colocar o condenado em sua situação anterior à condenação. Além disso, o Código Penal também prevê ao condenado o sigilo dos registros sobre o processo.
Segundo o especialista consultado pelo portal, "Depois de dois anos determinada a pena, se a pessoa tiver bom comportamento público e privado, ela pode requerer a chamada reabilitação criminal. Se puxar uma certidão em nome da pessoa vai aparecer sem nenhum processo, isso porque a pessoa foi reabilitada criminalmente".
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