A série 'Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez', do HBO Max, chocou o público ao contar o assassinato da filha de Glória Perez. O crime foi cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
Em uma biografia lançada em 2013, Alexandre Frota comentou que estava escalado para viver o personagem de Guilherme em "De Corpo e Alma" (1992).
Mas o ex-ator foi boicotado de fazer a novela de Glória por um diretor da Globo. Em entrevista ao Splash, do UOL, ele afirma: "sempre falo para as pessoas: se eu tivesse feito a novela, a história teria sido diferente".
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Guilherme não ia fazer a novela de Glória
Frota lamenta o ocorrido e diz que a história poderia ter sido diferente: "Daniella estaria viva e nada disso teria acontecido".
"Infelizmente, vários fatos ocorreram e o Guilherme acabou fazendo esse personagem e cometendo esse crime brutal, esse assassinato que até hoje não dá para aceitar", disse.
Frota diz que teve problemas com Carlos Lombardi, que boicotou a sua participação da novela de Glória. Na época, o ator estava em "Perigosas Peruas" (1992).
"Mas na época, ele fez isso por retaliação: não me liberou para fazer o personagem do Bira", disse confirmando que hoje tem uma boa relação com o diretor.
O ex-ator diz que também estava fazendo uma peça de sucesso na época, e que Guilherme fazia o seu substituto. Ele acha que Glória e Roberto Talma, diretor, foram assistir o espetáculo justamente no dia em que o assassino atuava.
Por que Daniella Perez foi morta?
No dia 28 de dezembro de 1992, Guilherme seguiu o carro de Daniella até um posto de gasolina e fechou o veículo. Ele deu um soco no rosto da atriz que caiu. Ele levou a mulher, que estava desacordada.
Paula, que estava escondida no carro do assassino, seguiu para um terreno baldio na Barra da Tijuca. Daniella foi morta com 18 facadas.
Quando a Polícia chegou no local, encontrou apenas o carro e os documentos. Enquanto isso, Guilherme foi até a Delegacia para consolar Glória e Raul Gazolla, marido de Daniella.
Após ser pressionado pela polícia, que tinha provas concretas, Guilherme assumiu a autoria do crime. Mas tentou encobrir a participação de Paula.
As testemunhas apontaram que Guilherme queria tirar proveito da amizade que tinha com Daniella para ter benefícios na novela.
Ele desconfiou que estava sendo escanteado da trama quando o personagem não apareceu em dois capítulos.
O ator acreditava que Daniella falou sobre as investidas, e por isso teria sido cortado. Assim, ele relatou para a mulher, Paula, e os dois planejaram o crime.
Guilherme foi condenado por 19 anos enquanto Paula, que estava grávida, teve pena de 18 anos e 6 meses. Eles cumpriram apenas 7 anos da pena e tiveram liberdade condicional.
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