História

Jô Soares morreu e deixou muitos livros para a história brasileira. Veja

Jô Soares morre deixando livros marcantes para a história brasileira. Confira

Gabriella Zilma
Gabriella Zilma
Publicado em 06/08/2022 às 10:23
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Globo/Ze Paulo Cardeal
Jô Soares - FOTO: Globo/Ze Paulo Cardeal

Jô Soares morreu nesta última sexta-feira (05), aos 84 anos, sendo 68 anos de carreira, o artista deixou muitas marcas na história brasileira.

O apresentador possuía muitos talentos artísticos, além disso, também se dedicava à criações de livros que tornaram-se best-sellers nacionais.

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Jô escreveu um trama policial com alta dose de humor, no qual ganhou muita repercussão nacional, como Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (Companhia de Letras), de 2005.

Onde o autor coloca em xeque o termo "imortal", usado na instituição para designar os membros da ABL.

Através do 'Xangô de Baker Street', de 1995, que o artista se solidificou na literatura, acima de tudo no gênero policial (e humorístico).

No entanto, antes do romance, Jô havia publicado 'O Astronauta sem Regime (L&PM)', em 1983, que está esgotado no catálogo da editora desde então.

É importante lembrar também que o comunicador foi cronista de jornal, onde manteve uma coluna no caderno Ilustrada na década de 1980, no qual escrevia sobre casos do cotidiano sem a leveza dos escritores populares do gênero na imprensa.

Jô Soares possuía um jeito único na sua escrita, com frases curtas, impactantes, com sarcasmo e ironia.

O artista participou de coletâneas com outros humoristas, nas décadas de 1980 e 1990, com textos publicados em Humor Nos Tempos do Collor (1992) e A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar (1992), que falava sobre o fracasso da seleção brasileira na edição do torneio de futebol de 1990.

Na mesma década, Jô embarcou no universo da literatura durante as pesquisas para seu primeiro romance, O Xangô de Baker Street, lançado em 1995, no qual tornou-se inspirações para obras seguintes.

O Homem que Matou Getúlio Vargas (1998), foi uma das suas inspirações após o primeiro romance, logo depois ele retornou ao mundo do crime com As Esganadas (2011), no qual fala sobre um assassino em série só de mulheres gordas.

"Jô estreia com aquilo que os americanos chamam de page turner. Um livro que se lê de enfiada. O andamento é acelerado, a trama corre adiante levada por diálogos e descrições. O mote crítico-irônico - mostrar um Brasil arcaico e também pretensamente moderno, como diria Paulo Francis - se anuncia por si mesmo. Não há tempo para balanços reflexivos", disse o crítico Carlos Graieb, à época do lançamento de O Xangô de Baker Street, no Caderno 2.

Já em 2017, através de uma parceria com o jornalista e editor Matinas Suzuki Jr., Jô divulgou sua "Biografia Desautorizada", o livro chegou a ser dividido em dois volumes.

Na biografia ele mostra o jovem poliglota que observou de perto a fortuna dos pais acabar e o humorista que sofreu com preconceitos devido a obesidade, porém tirou de letra o bullying e se transformou em um dos maiores humoristas da história do Brasil.

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