TOM MAIOR CARNAVAL 2023: Quem é a RAINHA DE BATERIA da escola de samba TOM MAIOR? Conheça

CARNAVAL 2023!

Nesta última quarta-feira (8), a rainha de bateria da escola de samba Tom Maior celebrou 10 anos à frente dos ritmistas da agremiação e quer comemorar mostrando todo o seu samba no pé e amor ao pavilhão.

Pâmella Gomes não escondeu o jogo sobre o desfile de 2023, que segundo ela será especial.

"Comecei na Tom Maior com 3 anos, na ala das crianças. Depois, rainha mirim da bateria, musa da escola, princesa da bateria, até chegar como rainha, cargo que ocupo há 10 anos. Passei por diversos setores da escola que me enche de orgulho", afirmou ela ao site Yahoo.

"Costumo dizer que o samba me escolheu, sou grata por todo processo que trilhei, toda evolução, aprendizado e conquistas. A Tom Maior é uma família pra mim, um amor inexplicável. Estou feliz, realizada e grata por esses 10 anos, busco a cada ano ser resistência”, afirma Pâmella, que é também dançarina e repórter do programa "Fofocalizando", do SBT.

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Quem é a Rainha da bateria da escola Tom Maior?

Pâmella Gomes é uma artista de 31 anos, que está celebrando seus 10 anos de rainha da bateria.

Aliás, ela já é veterana do Carnaval de São Paulo, já que desfila desde os três anos de idade.

Pâmella não abre mão de uma preparação especial para a data. Ela intensifica treinos e corta algumas tentações de seu cardápio.

"Os preparativos estão à todo vapor. Sigo firme e forte me dedicando aos ensaios e treinos. Quando chego na reta final, intensifico o preparo com treinos intensos. Costumo mudar a alimentação também. Tenho que cortar muita coisa gostosa para ter um corpo mais definido. Fico muito ansiosa nessa época. É muito difícil cortar doce no dia a dia, por exemplo. É um desafio e tanto", disse.

TOM MAIOR CARNAVAL 2023

Pamêlla descreve o samba-enredo 'Um Culto Às Mães Pretas Ancestrais', da escola do Carnaval 2023 de São Paulo, com uma intervenção educativa e necessária.

A dançarina, de 31 anos, acredita que o conhecimento pode combater o preconceito com as religiões de matrizes africanas.

"A Tom Maior, neste ano, traz uma intervenção educativa. É de suma importância abraçarmos o conhecimento como princípio de tudo. A tradição precisa ser relembrada e vivida para que os fermentos jogados durante os anos que se passam, não dissipem a nossa essência. Quando falamos sobre ancestralidade, trazemos à tona o reconhecimento de um povo que deixou e vem deixando o seu legado aqui na terra, o povo preto, as mães pretas, nossa crença e nossa fé. A demonização entre religiões e filosofias são justificadas pela ignorância do saber. A única forma de quebrarmos esses tabus ainda impostos pela sociedade e seu racismo é por meio do conhecimento e debates. O Carnaval, pura arte e cultura, tem esse potencial. Com isso, temos a oportunidade de transformar pensamentos e agregar o conhecimento para as próximas gerações", pontua.

Ela também já foi vítima de racismo escancarado por causa da cor da sua pele.

"Já passei por diversas situações em shopping, restaurante, transporte... Infelizmente o racismo é estrutural em nosso país, porém hoje estamos mais forte para o combate. A luta é constante. Uma em especial que me marcou foi quando eu trabalhava com eventos, em uma feira de carro. Fui abordar um cliente que parecia ter interesse em saber sobre o carro e recebi ofensas sobre a minha cor de pele. Fiquei chocada. Na hora não tive reação, tinha só 18 anos. Eu me lembro disso como se fosse hoje, custei a acreditar que aquilo estava acontecendo comigo", relembra.

Ouça o samba-enredo da escola de samba Tom Maior: