LUTO

Leonardo foi um resumo de técnica, velocidade, raça, habilidade e muitos gols

O craque e ídolo do Sport, Leonardo, faleceu nesta terça-feira (1) após quase um mês internado no Hospital da Restauração

Da Rádio Jornal
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Publicado em 01/03/2016 às 17:05
Foto: JC Imagem

O craque e ídolo do Sport, Leonardo, faleceu nesta terça-feira (1º) após quase um mês internado no Hospital da Restauração. Leonardo Pereira da Silva, um piauiense com coração pernambucano. Vinte e dois anos de carreira, 16 títulos, no mínimo, 200 gols. Leonardo surgiu para o futebol aos 16 anos, no time da sua cidade, Picos. Passou pelo Sport, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, Vitória, Santa Cruz, América Mineiro, Paissandu, Guarani de Sobral, Treze, Central, Salgueiro, Sete de Setembro, Cametá e Afogadense.

O ex-jogador passou por diversos clubes, mas só em um ele marcou época e foi ídolo. Leonardo era mais do que um jogador no Sport. Ele era o Magrão, goleiro atual e ídolo da torcida rubro-negra, da década de 90. Conquistou estadual, Copa do Nordeste, ficou com a segunda colocação da Copa dos Campeões e é o terceiro maior artilheiro da história do Leão, com 133 gols.

Foto: JC Imagem

Com a camisa rubro-negra, a partida que mais marcou Leonardo e seu faro de gol foi em 2000, Copa João Havelange. O Sport aplicou 6 a 0 no Atlético Mineiro, no Mineirão, com cinco gols de Leonardo e saiu feliz da vida daquela partida.

Confira a matéria especial de João Victor Amorim:

Em 2014, Leonardo foi homenageado pelo Conselho Deliberativo do Sport. Na época, ele trabalhava como preparador técnico da base, comandava treinos específicos para meias e atacantes do sub-13 ao sub-20. Ele recebeu uma placa emocionado para o que representava para o Sport. “Uma homenagem que já estava esperando há muito tempo. Mas Deus sabe a hora certa e por tudo que eu fiz pelo Sport”, comentou Leonardo na época.

Na carreira como jogador do Leão, várias histórias e conquistas, mas a maior lembrança para ele era o pentacampeonato com o Sport. Leonardo trabalhou com vários treinadores, mas dois ele classificava como os principais da sua carreira: Givanildo Oliveira e Nereu Pinheiro. “Nereu eu comecei, né? Depois Nereu saiu, naquelas finais de 94, e Givanildo me deu a oportunidade de ser titular”, falava.

Muita gente lembra dos dribles, das dancinhas, dos chutes, dos passes, dos gols. Mas a torcida do Sport tinha um carinho acima da média com Leo Gol. Durante os jogos transformava a admiração em gritos de guerra e, claro, ele adorava.

Foram muitas conquistas no Brasil, mas Leonardo também atuou fora do país. Em 2003 ele atuou pelo Belenenses de Portugal. Leonardo também chegou à Seleção Brasileira de base.

O único comentarista que acompanhou de perto a participação de Leonardo na seleção foi Ralph de Carvalho, do Escrete de Ouro da Rádio Jornal, que esteve na França durante a competição e transmitiu a partida em que Leonardo participou com a camisa brasileira.

Na galeria dos grandes jogadores brasileiros, Leonardo terá sempre um lugar reservado. Ele foi um resumo de técnica, velocidade, raça, habilidade e gols, muitos gols.

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