Caso Juninho

"O negócio está concretizado", diz advogado de Juninho

Após ser anunciado como possível reforço para o Corinthians, a torcida do clube paulista protestou nas redes sociais contra a ida do jogador que responde por agressão a ex-namorada

Rádio Jornal
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Publicado em 08/08/2018 às 22:34
Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Diego Nigro/JC Imagem

A torcida do Corinthians não recebeu bem a notícia de que o clube teria acertado o contrato com o jogador Juninho. O atleta que havia saído do Sport após polêmicas e mal relacionamento com a comissão técnica, foi emprestado ao time do Ceará, onde também foi rejeitado pela torcida. Juninho está respondendo judicialmente por lesão corporal, por ter agredido a ex-namorada. A notícia da contratação, ventilada nesta quarta-feira (8), veio justamente no dia em que a lei Maria da Penha completou doze anos. E não demorou muito para que a torcida e as jogadoras da equipe feminina do clube, se manifestassem contra o acordo.

As redes sociais foram bombardeadas por mensagens não apenas de corintianos, torcedores de times adversários também protestaram. Cruzeiro, Grêmio, Figueirense e Fortaleza que também já se interessaram em ter o jogador em seus elencos, foram alvos de campanhas contra a contratação.

O advogado de Juninho, Ernesto Cavalcanti, em entrevista a Marcelo Araújo na Rádio Jornal, disse que o atleta vem cumprindo com as determinações da justiça e que está sofrendo uma grande perseguição. "Juninho foi preso, pagou a fiança, foi apresentado ao juízo... Assinou um termo de compromisso com as condicionantes: não se envolver em outros problemas, não está bebendo em lugares públicos, está em casa antes das dez da noite. Coisas que se ele não cumprir, pode ter sua liberdade cerceada. O que querem é que Juninho pague uma pena maior do que o código penal pode impor. Querem que ele não exerça sua atividade", afirmou.

Caso aceite a proposta, ele deve assinar com o Corinthians até o fim do ano que vem, por empréstimo. O contrato é considerado de risco, ou seja, se o jogador fizer algo que o clube veja como incorreto, o contrato poderá ser rescindindo e ele terá que voltar ao Sport, sem qualquer pagamento de multa. O contrato de risco é uma maneira do time se proteger contra possíveis problemas criados por Juninho .

Segundo Ernesto, em conversa com um dos dirigentes da equipe paulista, apesar da enorme rejeição, eles acreditam na ressocialização do jogador. "O caso Juninho tem a maior inserção da história do Corinthinas pelas redes sociais. E a maioria comentando negativamente. Estão organizando uma coletiva com o presidente, onde eles vão dizer que darão uma oportunidade ao atleta, porque acreditam na ressocialização", explicou.

Antes de ter seu nome nessa negociação, Juninho teve uma passagem pelo time do Ceará, onde também não conseguiu fazer uma boa campanha pelo alvinegro.

Ouça a entrevista completa:

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