Copa do Brasil

Dirigentes do Náutico comentam polêmicas do clássico na Copa do Brasil

O presidente Edno Melo e o executivo de futebol Ítalo Rodrigues deram as versões do clube alvirrubro no clássico pela Copa do Brasil

Karoline Albuquerque e Robert Sarmento
Karoline Albuquerque e Robert Sarmento
Publicado em 21/02/2019 às 17:04
Brenda Alcântara/JC Imagem
FOTO: Brenda Alcântara/JC Imagem

A divisão da cota da Copa do Brasil gera polêmica fora de campo. Santa Cruz e Náutico optaram por dividir entre 60% e 40% para o vencedor e o perdedor, respectivamente. Com a repercussão, o time coral soltou uma nota oficial esclarecendo o acordo na disputa do Clássico das Emoções. Outro assunto comentado por torcedores nas redes sociais, está sendo o fato do alvirrubro não ter divulgado a lista de batedores de pênaltis, fazendo com que boatos quanto a montagem da lista surgissem. Em contato com o repórter Antônio Gabriel, o presidente Edno Melo e o executivo de futebol Ítalo Rodrigues comentaram os dois casos.

Falta de divulgação

Uma das principais críticas dos torcedores nas redes sociais foi em relação ao fato do acordo não ter sido divulgado pelos clubes. De acordo com o presidente do Náutico, Edno Melo, os representantes dos clubes atenderam uma orientação da Justiça.

"Foi uma orientação jurídica. Isso tudo foi firmado na 12ª Vara do Trabalho. Esse acordo foi feito lá. Foi uma coisa que teve transparência. Tivemos todo o cuidado. É a primeira vez que acontece isso no Nordeste. Não foi divulgado antes do jogo por conta da orientação jurídica mesmo. Infelizmente, o Náutico foi eliminado. Mas, se fosse ao contrário, a gente estaria passando uma parte do valor ao Santa Cruz", informou.

Ainda segundo o presidente alvirrubro, a ideia veio como uma forma dos dois clubes manterem uma condição financeira melhor para cumprirem com os compromissos ao longo da temporada.

"Estávamos na CBF, Constantino Júnior (presidente do Santa Cruz) e eu, e surgiu a ideia de fazer isso. Outros clubes também fizeram. Eu acho que a torcida do Santa não entendeu porque eles passaram. Mas, se tivessem desclassificados, eles iriam entender. A situação dos clubes de Pernambuco é muito difícil, financeiramente. Então foi uma forma de um ajudar o outro", analisou.

Cobrança de pênaltis

O executivo de futebol Ítalo Rodrigues ressaltou que, como de praxe, o técnico Márcio Goiano e a comissão técnica tinham definido os cinco batedores desde o início. Por não existir mais a obrigação de entregar uma lista, utilizaram o fato como estratégia. Ele lembrou que, da parte tricolor, a opção foi justamente o contrário, de dizer quem ia bater. Com isso, Ítalo Rodrigues aproveitou também para elogiar o goleiro alvirrubro Bruno e o centro de inteligência do clube.

Como o Timbu não divulgou a relação, cogitou-se que os próprios jogadores tenham escolhido a ordem da batida dos pênaltis diante do Santa Cruz. Rodrigues destacou que uma possibilidade de algo assim ocorrer "não iria existir no futebol". "Foi passado primeiro por uma pessoa que não tinha interesse envolvido nesse assunto, não foi passado de forma oficial. Isso é importante a gente ficar claro", disse o dirigente.

"A gente assim consegue diante do centro de inteligência ter o levantamento dos percentuais dos batedores, onde cada um bate do Santa Cruz, acabou que Bruno não conseguiu fazer nenhuma defesa, mas nitidamente ele acertou o canto e teve a possibilidade de defesa ali na disputa. A gente não quis dar essa arma para o nosso adversário. O que foi colocado ali foi muito simples. A gente não tem obrigação de divulgar a lista e não vamos divulgar", concluiu.

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