Entrevista

Ouça a entrevista exclusiva com Luciano Sorriso, diretor de futebol do Santa Cruz

Um dos assuntos abordados com o dirigente foi a dificuldade financeira do clube na temporada e 'fama' de 'mau pagador'

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 13/07/2019 às 13:00
Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem

Anunciado em novembro de 2018 como novo diretor de futebol do Santa Cruz, o ex-jogador Luciano Sorriso trazia apenas a experiência como 'boleiro' e recebia a primeira chance fora de campo, tendo em vista que a aposentadoria do futebol aconteceu no mesmo ano. No entanto, pesava a favor o fato de atuado no Tricolor, entre os anos de 2013 e 2014, e conhecer o presidente Constantino Júnior. Durante a entrevista exclusiva, concedida ao repórter Igor Moura, o dirigente revelou que o processo de para contratar jogadores foi desgastante, principalmente, devido a 'fama' de 'mau pagador' do clube coral.

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"Foi uma da maiores dificuldades ter que ligar para as pessoas e ouvir relatos de um passado do Santa Cruz muito ruim e convencer as pessoas de que nós pagaríamos em dia, tendo só a teoria e sem ter a prática. Tomamos muitos 'não'. Gostaria de ter outros atletas, mas o que nós trouxemos foi de acerto. Agora é um cenário totalmente diferente. Os atletas ligam pedindo para vir jogar no Santa Cruz. A gente procurou contratar certo, porque tinha uma margem muito pequena de contratação. Espero que possamos manter essa linha e, automaticamente, o Santa Cruz vai ter uma visibilidade de bom pagador, de que está se reestruturando e se profissionalizando", relata.

Situação financeira

O diretor de futebol lembrou da campanha na Copa do Brasil de 2019, em que o Santa Cruz chegou a 4ª fase e caiu nos pênaltis para o Fluminense, como um ponto importante para as finanças. Porém, sem revelar os valores, afirmou que a dívida do clube é muito maior do que as premiações conquistadas na temporada - incluindo também a Copa do Nordeste e o Campeonato Pernambucano – e afirmou que a diretoria tem trabalhado para mudar a imagem coral no mercado do futebol.

"Os atletas conquistaram fases importantes (na temporada), mas se não souber gerir, mas se não souber gerir esse dinheiro vai por água abaixo. A gente foi até a terceira fase da Copa do Brasil, mas em comparação a dívida do Santa Cruz não é nada. Hoje o Roberto Freire (Coordenador geral do núcleo de gestão) tem tido êxito muito importante na gestão. O Constantino Júnior (presidente) tem coordenado de uma forma maravilhosa e tem feito com que não atrase nenhum dia. E isso tem efeito no mercado", garantiu.

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