Depois de o ídolo da torcida do Sport, Magrão, colocar o clube na justiça por conta de débitos antigos, agora foi vez do ex-vice presidente de futebol do Sport, Laércio Guerra, cobrar seu investimento que foi feito no clube no ano de 2018. O ex-diretor e empresário assumiu o cargo após a saída de Guilherme Beltrão. Laércio cobra o valor de R$ 658.555,78 mil do Sport.
Dentro desse valor investido por ele, R$ 319 mil foram utilizados para cobrir débitos variados e R$ 200 mil para o pagamento do técnico Milton Mendes, que comandou o clube na reta final da competição em que o Sport acabou rebaixado. O restante do valor seria para o pagamento de honorários advocatícios. A representante de Laércio Guerra no caso é Gisele da Costa Pereira Martorelli, a ex-mulher de João Humberto Martorelli, ex-presidente do Sport.
Em contato com a equipe da Rádio Jornal, Laércio explicou o motivo de entrar com ação contra o clube. "Eu emprestei pessoalmente o dinheiro como pessoa física e fiz o empréstimo de R$ 2,5 milhões. Com isso foi pago quase duas folhas de atletas e o salário de Milton Mendes, além de premiações dos atletas. Então foi uma ação impetrada na minha pessoa física e uma ação pela pessoa jurídica˜, afirmou.
Laércio Guerra aceitou o pedido de Arnaldo Barros para assumir o cargo no dia 24 de setembro do ano passado. O empresário diz que conversou com o presidente Milton Bivar, mas que não foi para frente. "A gente chegou a conversar com Milton sobre isso. Foi uma conversa muito cordial. Ele não questiona os valores até porque isso foi feito através de transferência bancária, o Sport recebeu, o contrato foi assinado. Tivemos uma conversa inicial, mas ela não caminhou. Como o contrato estava vigente até o mês de julho e eu não recebi nenhum feedback, resolvi entrar com uma ação para recebe˜, completou.
Ouça a declaração de Laércio Guerra:
Nota
Em nota, a assessoria de imprensa do empresário Laércio Guerra também se pronunciou sobre assunto: "Diante das notícias veiculadas na tarde desta quinta-feira (8) sobre os documentos referentes ao processo impetrado ao Sport Club do Recife pelo ex-vice-presidente da equipe Laércio Guerra (gestão Arnaldo Barros), o empresário vem a público esclarecer a história com detalhes.
No último trimestre de 2018, por enfrentar atrasos em alguns pagamentos que estavam previstos, o Sport Club do Recife beirava atrasar salários e outras obrigações do time. O empresário Laércio Guerra, à época vice-presidente, concedeu empréstimos de sua pessoa física e da empresa da qual é proprietário. Esse montante ultrapassou R$ 3 milhões.
O contrato de empréstimo e de confissão de dívida foi todo legalizado, e os valores repassados foram totalmente dentro do permitido em lei. Na ocasião, o contrato de confissão de dívida foi assinado por ambas as partes. Inclusive, os comprovantes de transferências bancárias estão em posse do exequente.
Quando o atual presidente do clube, Milton Bivar, assumiu o comando do time e, após fazer auditoria e conferir a legalidade das transações e contas do Sport, chegou a convidar Laércio para uma conversa para tratar a forma de devolução desse valor, previsto contratualmente até o final do primeiro semestre de 2019.
Todavia, a conversa, apesar de amistosa, não progrediu e, necessitando de um retorno, as advogadas representantes de Laércio Guerra executaram os contratos, esperando receber do clube um retorno sobre as tratativas de devolução do valor emprestado.
É importante salientar que Laércio Guerra é representado pela advogada Gisele Martorelli e não pelo escritório do advogado João Humberto Martorelli, como alguns veículos de imprensa noticiaram.
Gisele Martoreli é ex-sócia do escritório de João Humberto Martorelli, não possuindo mais nenhum vínculo societário com o mesmo há cerca de 10 anos. E já possui o seu próprio escritório MARTORELI FAMIÍLIA E SUCESSÕES".