SÉRIE C

Diógenes Braga comenta sobre arbitragem de Paysandu x Náutico e Daronco responde

A diretoria alvirrubra não tinha gostado da escalação do gaúcho para a comandar a primeira partida das quartas de final da Série C

Diego Borges
Diego Borges
Publicado em 02/09/2019 às 14:48
Léo Lemos/Náutico
FOTO: Léo Lemos/Náutico

Antes mesmo da bola rolar na decisão do acesso para Paysandu e Náutico na Série C, a arbitragem do jogo já era motivo de polêmica, pelo fato da diretoria alvirrubra apontar interferência por supostos erros do árbitro Anderson Daronco na partida contra Bragantino, no ano passado. Neste domingo, a arbitragem foi foco novamente de reclamações, agora do outro lado da história.

Com a bola rolando, dois lances no primeiro tempo foram questionados sobre a possibilidade de pênalti para o Paysandu que foram avaliados como normais pelo árbitro Anderson Daronco. Em um deles, a bola atinge o braço de um jogador do Náutico (vídeo abaixo).

 

Outro lance reclamado diz respeito a um suposto empurrão de Willian Simões dentro da área. Situação que o vice-presidente do Náutico afirma que não seria marcado pênalti mesmo se a partida contasse com auxílio do recurso de vídeo.

“Futebol é um esporte de contato, não pode achar que todo contato é falta.
O atleta para na jogada e o Willian Simões vai em direção à bola e o atleta freia para esperar o contato. O árbitro estava bem posicionado no lance e mesmo se tivesse o VAR, também não teria dado”, disse Diógenes, antes de avaliar a atuação do árbitro.

“Ele foi muito bem, uma arbitragem muito segura tecnicamente nos lances, fez uma grande arbitragem e a gente fica feliz quando isso acontece. É muito bom elogiar o árbitro ao final do jogo e queira Deus que seja sempre assim”, completou o dirigente alvirrubro.

Ouça a entrevista de Diógenes Braga na íntegra.

“Dez a doze minutos de cera”

O técnico Hélio dos Anjos foi além dos lances e se queixou de ‘cera’ do Náutico, quando o clube gasta tempo para diminuir a rotação da partida. Para o treinador do Papão, o árbitro Anderson Daronco não coibiu as paralisações do jogo.

“Eu sabia que o jogo seria assim. Essa história de que ‘eu vou lá ganhar, vou isso, ou aquilo’, não. ‘Vou baixar a meia, vou jogar com centroavante respirando no volante, e vou tomar pelo menos de dez a doze minutos de cera'”, sugeriu o treinador ao apontar uma narrativa sobre a postura de jogo do Náutico.

“E aí onde eu falo para o sr. (Anderson) Daronco, que é um árbitro bom e experiente, nas aceitou passivamtente a cera. O que teve o goleiro na hora da defesa do Nicolas e que o Tony chutou para fora? Esse eu acho o maior absurdo, a maior falta de respeito essa questão do goleiro brasileiro com mania de fazer defesa e cair”, emendou Hélio dos Anjos.

“E o Daronco, avisando que iria dar tempo, mas não é questão de dar tempo. É de quebrar o ritmo de jogo. É questão de esfriar o jogo. O lateral esquerdo (Willian Simões, do Náutico) deu cartão amarelo para o meu time. O lateral tentou administrar o jogo o tempo inteiro”, acusou Hélio.

Resposta de Daronco

Na súmula da partida, Anderson Daronco não apontou irregularidades no jogo. No entanto, antes da bola rolar no Mangueirão, ao ser entrevistado pelo repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, o árbitro comentou as acusações de Diógenes Braga sobre a partida contra o Bragantino.

“Nem sabia que tinha tido equívocos nesse jogo. Se não gostou, sinto muito. Cada um tem o direito a ter a sua opinião, mas eu tenho relatório desse jogo extremamente positivo. Enfim, não sei no que a equipe se sentiu prejudicada e obviamente que não acompanho”, afirmou, antes de sugerir.

“Muitas vezes, diretores fazem discurso para motivar sua torcida, motivar seus jogadores dentro do campo de jogo. Aqui não tem nenhuma criança que não sabe como compreender isso. Bobo é aquele que escuta e muitas vezes acredita, se deixa levar por esse tipo de situação”, concluiu Daronco.

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