SÉRIE C

"Falência da segurança", afirma Diógenes Braga sobre adiamento do jogo contra o Juventude

O Ministério Público aceitou o pedido da Polícia Militar para adiamento a partida

Diego Borges
Diego Borges
Publicado em 20/09/2019 às 11:49
Léo Motta/JC Imagem
FOTO: Léo Motta/JC Imagem

Prestes a decidir em campo com o Juventude a vaga para a grande Final do Campeonato Brasileiro da Série C, o Náutico vive uma sexta-feira de outras decisões importantes, mas na esfera jurídica. Além do posicionamento da procuradoria do STJD em relação ao pedido do Paysandu de impugnação da partida que deu ao Náutico o acesso à Série B, o clube ainda tenta reverter a decisão do Ministério Público de Pernambuco, que adiou a partida com o Juventude para a segunda-feira por falta de efetivo policial para atender de forma conjunta à partida e ao show da banda internacional Bon Jovi, no Arruda.

“Fomos pegos de surpresa ontem. Não esperávamos algo tão absurdo, temerário. Daqui a alguns dias teremos um jogo do Sport juntamente com um evento musical também. Nós ficamos temerosos agora que outros eventos da cidade sejam adiados. Como, por exemplo, o próprio carnaval”, comentou o vice-presidente executivo do Náutico, Diógenes Braga, em entrevista à Rádio Jornal.

Ainda para o dirigente, o pronunciamento do Ministério Público sobre o adiamento é algo danoso para o estado. “Um comunicado lamentável. Acho desmoralizante (para Pernambuco). É quase um comunicado oficial de falência da segurança do estado”, e revela a tentativa de remarcar a partida contra o Juventude de volta para o domingo. “A gente se dispôs a aumentar o efetivo particular no sentido de buscar um entendimento. O posicionamento que a gente está tomando é no intuito de reverter a decisão para que a partida aconteça no domingo.”

Diógenes ainda se mostra confiante em ter um retorno ainda nesta sexta-feira. “A gente deu entrada num mandado de segurança e agora é aguardar o mais rápido possível a própria FPF e a CBF, trabalhando conjuntamente, para ter uma definição o mais rápido possível. É lamentável sob todos os aspectos. A gente tem a própria escala da Polícia Militar para o jogo. O que é curioso. De repente, se é a falta de interesse diante da pretensão do jogo”, conclui o dirigente.

Paysandu

A segunda decisão judicial do dia para o clube, embora de maior peso por se tratar da esfera do STJD, é vista pelo vice-executivo sem grandes preocupações. “A gente está muito tranquilo. Depois de tudo, conversando com o jurídico, estamos muito tranquilos. Esperamos que venha logo esse julgamento para acabar com essa celeuma. O que a gente tem ouvido de lá é bem alarmante de coisas sem sentidos. O Paysandu é um grande clube e não precisa disso”, lamentou Diógenes, antes de explicar o posicionamento do clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

“A gente é citado e precisa se posicionar. Foi feito com muita competência. O julgamento acabou ganhando visibilidade pelo barulho que foi feito, mas estamos tranquilos. Esperamos até o final do dia o assunto do jogo (contra o Paysandu) ter morrido e ter a partida contra o Juventude remarcada para o horário original do domingo”, completou.

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