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Defesa negativa e ataque positivo: o desequilíbrio do Sport na Série B

O Sport tem o segundo melhor ataque da competição

Filipe Farias
Filipe Farias
Publicado em 06/10/2019 às 14:51
Brenda Alcântara/JC Imagem
FOTO: Brenda Alcântara/JC Imagem

O time do Sport tem se mostrado bastante dicotômico nessa Série B. Enquanto que o setor ofensivo impõe respeito e é um dos mais letais da competição; o mesmo não acontece com o sistema defensivo, que vem apresentando muita oscilação… Coletivamente e, nos últimos jogos, falhas individuais. Essa dicotomia, talvez, é o que está impedindo o Leão de diminuir a pontuação para o líder Bragantino e, a cada rodada que se passa, o sonho de conquistar o título da Segundona fica mais distante.

Em 26 partidas disputadas nessa Segundona, o Leão sofreu incríveis 25 gols – quase um por partida. Para se ter uma dimensão da vulnerabilidade defensiva do Sport, em apenas sete jogos o time passou ileso sem sofrer gols (quatro vitórias e três empates em 0x0).

Se o encaixe coletivo não anda bem lá atrás, individualmente o momento dos defensores rubro-negros também não é dos melhores. A começar pelo goleiro Maílson, que vem apresentando muita insegurança debaixo das três traves e cometendo falhas bobas, como a que aconteceu diante do Figueirense, quando sofreu o gol de Andrigo, deixando a bola passar por baixo do seu braço – no primeiro tempo da mesma partida já tinha levado um susto da mesma maneira, segurando a bola em cima da linha.

Os zagueiros do Sport também não vivem um bom momento. Na última partida, por exemplo, Rafael Thyere acabou vacilando na saída de bola e contribuindo para o segundo gol do Vitória. Já Adryelson chegou a ser sacado da equipe titular, contra o Operário, por apresentar muita dificuldade na saída de bola, além de falhas de posicionamento. A alternativa para substituir Adryelson foi Eder Ferreira, que acabou cometendo um pênalti e sendo expulso diante do Operário.

Diante dessa inconstância, o técnico Guto Ferreira está revendo a sua dupla de zaga para encarar o CRB. “Thyere se cobra muito. Ainda no jogo (contra o Vitória) ele estava se lamentando. Na hora certa vamos conversar, pontuar e dar moral também… Porque ele tem de entrar em campo de novo para jogar novamente e render, mas sem o erro que teve contra o Vitória, mas como na partida espetacular que fez contra o Operário”, falou.

Ataque

Por outro lado, o setor ofensivo do Sport vem numa batida bastante forte. Principalmente a dupla Hernane Brocador e Guilherme (artilheiros da Segundona). Só os dois marcaram juntos 23 gols dos 37 feitos pelo Leão na Série B, ou seja, 62% dos gols anotados pelo time na competição. “Só faz gol quem finaliza. Digo que sou teimoso… Sempre procuro finalizar bastante nos treinos e nos jogos a bola vem entrando. É continuar nessa pegada, pois tenho uma boa finalização de média e longa distância. É continuar ajudando o elenco dessa maneira.

Hernane não fica atrás. É o artilheiro do Sport na temporada, com 21 gols, sendo 12 só na Série B. Quando não consegue colocar a bola no fundo da rede adversária, Brocador não se acanha em servir o companheiro. Como aconteceu diante do Vitória, dando assistência para o próprio Guilherme. “Procuro estar bem posicionado para fazer os gols, mas nem sempre vou fazer. Sei que uma assistência é muito válida. Procuro participar bastante do jogo para não ser um jogador de apenas uma função. Ajudo na marcação e, quando possível, procuro dar assistência para o companheiro melhor posicionado”, explicou o camisa 9.

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