APROVAÇÃO

Ex-presidentes do Náutico aprovam eleição da atual gestão sem bate-chapa

Para nove ex-mandatários alvirrubros, a atual gestão deve seguir no clube no biênio 2020-2021

Filipe Farias
Filipe Farias
Publicado em 05/11/2019 às 11:44
Léo Lemos/Náutico
FOTO: Léo Lemos/Náutico

A eleição para escolher o presidente do Náutico para o biênio 2020/2021 vai acontecer no dia 8 de dezembro. Porém, para alguns ex-presidentes alvirrubros, o pleito não deveria nem acontecer. A reportagem do Jornal do Commercio entrevistou nove ex-mandatários do clube da Avenida Rosa e Silva e, para todos, Edno Melo e Diógenes Braga deveriam ser aclamados; sem a necessidade de um bate-chapa. A justificativa, segundo eles, é embasada no bom trabalho que a atual gestão desenvolveu nos últimos dois anos.

“A melhor coisa para esse momento que o Náutico vive seria a reeleição de Edno (Melo). Sem dúvida, ele conseguiu fazer um bom trabalho nesses dois anos, colocando o clube na Série B, sendo campeão nacional e do Pernambucano de 2018. Não tem motivo para Edno não se reeleger. Ele deveria ser candidato único e eleito por aclamação”, opinou André Campos, que presidiu o Náutico em 2001.

Para o ex-presidente Paulo Wanderley, que esteve à frente do clube nos anos de 2012 e 2013, a atual gestão se credenciou para continuar administrando com méritos. “Acho que o presidente Edno tem feito um excelente trabalho. Ele, o seu vice Diógenes e toda a diretoria. Não vejo sentido ter um bate-chapa nesse momento. Eles foram muito felizes em conseguir agregar as pessoas. O bata-chapa é salutar em alguns momentos, mas nessa situação que o clube vive, todo trabalho que tiveram, merecem continuar”.

Um dos legados de Edno e Diógenes, segundo os ex-mandatários do Náutico, foi o de conseguir agregar grandes ex-alvirrubros em prol do clube. “Edno (Melo), Gustavo Ventura (presidente do Conselho), toda a diretoria de futebol… Não falam de política. Eles procuram olhar apenas para o clube. Coisas para somar em prol do Náutico, sem política. E, quando se olha apenas para o clube, todo mundo apoia”, declarou Antônio Amante, que presidiu o Timbu de 1988 a 1991.

“Sem união, essa gestão não conseguiria ter sucesso. Se a estrutura é frágil e você começa a dividir, a tendência é ficar mais frágil ainda. Quando se une e deixa o presidente trabalhar tranquilo, sem procurar chifre em cabeça de cavalo, você tem uma melhor condição de trabalho. A arte de Edno foi unir o clube, de abrir espaço para todo mundo. E ele conseguiu. O Náutico está pacificado”, contou Maurício Cardoso (2008-2009).

Essa paz que o Náutico atravessa se dá pela ausência de uma oposição ferrenha. “Foi importante não ter essa oposição por oposição. Que não era construtiva. A oposição que teve (nesse período) foi de questionamento e vigilância, assim como o Conselho Deliberativo, que foi vigilante, mas alinhado com o executivo”, contou Glauber Vasconcelos (2014-2015). “O Náutico está calmo, sem ebulição. A oposição salutar é importante para o processo democrático, mas oposição de forma sistemática já não tem mais no Náutico”, frisou Berillo Júnior (2010-2011).

De acordo com Ricardo Valois (2004-2005), o símbolo da união instalada no Náutico está representado no retorno ao estádio dos Aflitos. “Eles tiveram a competência de fazer o trabalho com humildade, sem criticar ninguém do passado. Um fator primordial para a união do clube. Conseguiram fazer a reforma dos Aflitos e isso só foi possível com a união e ajuda de todo mundo. Essa foi a prova da união dos alvirrubros pelo clube”, ressaltou.

Antecessores

Antecessores de Edno Melo e Diógenes Braga, os ex-presidentes Marcos Freitas e Ivan Brondi também seguem na torcida pelo sucesso da atual gestão alvirrubra. “Eles foram meus adversários na eleição de 2016 e 2017, mas não são meus inimigos. Acho que a gestão do presidente Edno e de Diógenes tem sido pautada por sucesso, por trabalhar com o pensamento voltado para o clube. E isso é importante. Eu tenho apreço por essa gestão. O momento atual é de união e eles merecem o meu respeito e aprovação”, disse Freitas. “Tem de procurar o consenso. O que é melhor para o clube. É preciso se unir, pois sem isso não acontece nada. Todos gostam do mesmo clube, então, é preciso dar as mãos e renegar de algumas coisas para alcançar o objetivo ideal”, declarou Brondi.

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