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Magrão desabafa: “Algumas pessoas usam a pandemia, as dificuldades, para fazer safadeza”

O Sport tem dívidas antigas com o ex-goleiro Magrão

Davi Saboya
Davi Saboya
Publicado em 29/05/2020 às 13:34
Acervo/ JC Imagem
FOTO: Acervo/ JC Imagem

O ex-goleiro Magrão desabafou sobre a briga que trava na Justiça do Trabalho para fazer valer o acordo com o Sport em torno do parcelamento da dívida acertado no ano passado. Em entrevista ao Canal do Nicola, ele declarou que “algumas pessoas” estão utilizando o momento difícil provocado pela pandemia do novo coronavírus para fazer “safadeza”. O ídolo rubro-negro avaliou como “mau-caráter” o posicionamento de alguns membros da direção do Leão. No começo desta semana, o clube conseguiu judicialmente suspender a pagamento do débito pelo prazo de 90 dias. Magrão ainda ressaltou que, no início da paralisação no futebol, renegociou o valor com a cúpula do time vermelho e preto. No entanto, frisou que não foi cumprido por parte do Sport.

“A gente observa que algumas pessoas usam a pandemia, as dificuldades, para fazer safadeza. Tem coisa que não posso falar, pois podem me prejudicar. Mas, a gente olha um pouco de mau-caráter das pessoas que estão conduzindo isso em relação ao Sport. Aí agora quando é para pagar um acordo que já tinha sido feito para esse momento não podem. Não tenho problema nenhum com o Sport. E, sim, com as pessoas que estão envolvidas nesse processo. Às vezes, o torcedor não entende. Mas continuo muito grato, a minha entrega sempre foi total ao clube”, afirmou Magrão.

“Eu sei o que a pandemia trouxe de problemas para todos. Está difícil para todo mundo. Quando eles me procuram solicitando um acordo para reduzir neste momento o pagamento, eu falei que não tinha problema nenhuma. Está legal. Só que, agora para receber isso que acertamos, entraram na Justiça de novo dizendo que não tem condições de pagar. Aí eu falei: pera, estou querendo ajudar, mas não pode ser assim”, acrescentou.

Arrependimento

Magrão também destacou que não se arrepende de ter colocado o Sport na Justiça em 2019 para acertar a rescisão contratual. A justificativa dele é que a direção rubro-negra estava “empurrando com a barriga” a dívida que o Leão tinha com ele. O ex-goleiro salientou que essa não era forma como pretendia deixar o clube e iniciar a aposentadoria. Em julho do ano passado, ambas as partes chegaram ao denominador comum de 44 parcelas fixas de R$ 42.613,00. A quantia total paga pelo Leão no fim do acordo seria de R$ 1.875.000,00.

“Ficamos seis meses sem receber. E não teve, não vi da parte deles, uma vontade de solucionar o problema. Não sei se por eu estar há tanto tempo no clube achavam que eu não estava ligando. Mas, tenho família, meus compromissos. E, pelas conversas que estávamos tendo, não mostraram preocupação em resolver a questão. Sim, empurrar com a barriga. Mas tudo tem um limite. Independente de alguns dirigentes terem arrebentado o clube”, comentou.

“Infelizmente, não deixei o Sport da maneira que gostaria. Mesmo assim, continuo com um carinho enorme e grande gratidão. Queria sair de outra maneira, mas não me arrependo. Se eu não tivesse feito o que fiz, sei que iria me arrepender lá na frente” “O que aconteceu agora foi mais um motivo por eu não ter me arrependido. Foi feito um acordo e esse acordo não foi honrado. Vamos esperar para tentar entrar em um acordo mais amigável”, completou.

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