NÁUTICO

Após ter liminar cassada, Dal Pozzo pode ser demitido do Náutico por justa causa

O presidente e o vice-presidente jurídico do Náutico confirmaram a informação em entrevista à Rádio Jornal

Pedro Alves
Pedro Alves
Publicado em 17/09/2020 às 12:06
 Filipe Ribeiro / JC Imagem
FOTO: Filipe Ribeiro / JC Imagem

A briga judicial entre Náutico e Gilmar Dal Pozzo ganhou mais um episódio nesta quinta-feira (17). Isso porque o juiz Elton Antônio de Salles Filho, da 2° vara do trabalho de Florianópolis cassou a liminar que rompia o contrato entre o treinador e o clube e agora o caso foi passado para a 13° vara do trabalho do Recife.

Neste cenário, o contrato entre Dal Pozzo e Náutico volta a ser ativado, porém o treinador não volta a ser funcionário do clube. Em entrevista para Ralph de Carvalho, o presidente Edno Melo comemorou a decisão que praticamente confirmou a tese do Náutico de um possível abandono de emprego.

OUÇA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

“Foi a primeira vitória nesse caso de Gilmar, isso mostra que o Náutico está no caminho certo. Nossa política de austeridade de pagar em dia, porque todos os vencimentos fez com que o juiz entendesse que realmente não era preciso a liminar que Gilmar conseguiu e cassou a liminar dele. Hoje Gilmar não é mais funcionário do clube, mas o juiz tá dizendo que a tese de abandono de emprego procede e a gente vai brigar na 13° vara”, disse.

“Essa decisão tem uma decisão muito subliminar, mostra que o Náutico está no caminho certo e o Náutico trabalha sério, que sirva de exemplos para outros clubes. A gente sabe a luta diária que é, ficar o tempo todo provando o quão difícil é. Mas essa decisão é favorável ao clube e vem mostrando e ratificando o trabalho dessa gestão”, afirmou Edno.

Com o contrato reativado entre treinador e clube, a decisão do juiz Elton Antônio abre brecha para uma possível demissão de justa causa para Gilmar Dal Pozzo, que não vai ser reintegrado, segundo o mandatário alvirrubro.

“(Dal Pozzo) Não vai ser reintegrado. Só disse que quem vai julgar é a 13° vara e tá correndo o risco de ser demitido por justa causa. Ou seja, o direito é do Náutico de ter a sentença aqui no Recife”, encerrou.

Detalhamento

Em entrevista para o repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, o vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker, detalhou sobre as decisões tomadas pelo Náutico para encaminhar o processo da forma em que o clube acreditava.

 

“Nós conseguimos uma decisão importantíssima no sentido que o juiz da Vara de Florianópolis que outrora tinha concedido liminar a favor de Gilmar Dal Pozzo, depois que o Náutico se pronunciou no processo, ele entendeu e reconheceu a verdade dos fatos e cassou a própria liminar e determinou que o processo movido por Gilmar Dal Pozzo deveria tramitar na 13ª Vara do Recife. Porque enquanto a doutora estava dando entrevista na rádio, postando em rede social, entrevista à Jornal, que tinha concedido a liminar e tinha ganho, nós estávamos trabalhando em silêncio, mostrando que ela estava usando de subterfúgios para levar o Juiz ao erro. E foi isso que nós fizemos. Enquanto ela estava dando entrevista, nós estávamos ajuizando uma ação de consignação e pagamento e depositando as verbas rescisórias aqui no Recife, as verbas decorrentes do abandono de emprego”, disse o Bruno Becker.

Podcast

No terceiro episódio do podcast Na Cara do Gol, debatemos o final de semana de resultados positivos para Náutico, Santa Cruz e Sport. Na Polêmica da Vez, abordamos o caso de Mazola Júnior que questionou a não procura por outros clubes de Pernambuco em seu trabalho, além de elegermos os destaques da semana.

VEJA MAIS CONTEÚDO