SOLIDARIEDADE

Jogadores do Sport doam cilindros de oxigênio para Manaus

Ação dos jogadores do Sport conta com apoio da clínica laboratorial LP Saúde e da plataforma de voluntariado Transforma Brasil

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 18/01/2021 às 12:47
Brenda Alcântara/JC Imagem
FOTO: Brenda Alcântara/JC Imagem

Os jogadores do Sport marcaram um gol de placa, nesta segunda-feira (18). Por meio das redes sociais, os atletas Thiago Neves e Patrick anunciaram que o elenco rubro-negro vai doar cilindros de oxigênio para a população de Manaus.

A ação dos jogadores do Sport, que conta com o apoio da clínica laboratorial LP Saúde e da plataforma de voluntariado Transforma Brasil, vai garantir a doação de 125 cilindros de oxigênio.

O estado do Amazonas passa por um situação de colapso na saúde por conta dos casos da covid-19. Na semana passada, a informação de que os hospitais de Manaus estavam sem oxigênio preocupou a sociedade.

Por conta disso, diversas personalidades, como o humorista Whindersson Nunes, se mobilizaram para doar cilindros de oxigênio para atender os pacientes com covid-19 em Manaus.

 

No Instagram, Patrick pediu que os torcedores que puderem também ajudem a população de Manaus. "Estamos aqui para contribuir para que vidas sejam salvas", comentou. "Você também pode contribuir, torcedor. Nossa única intenção é fazer bem ao próximo", completou.

Situação de Manaus preocupa

Com a rede de atendimento em colapso e sem oxigênio para tratamento da covid-19, o Amazonas terá de transferir parte dos seus pacientes a outros Estados. A crise se agravou nos últimos dias pela falta de oxigênio em unidades de saúde. Há ainda variante do novo coronavírus circulando no Estado.

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse à imprensa que o consumo diário de oxigênio teve um pico de 30 mil metros cúbicos em 2020. Neste mês, o pico de consumo foi de 70 mil metros cúbicos num só dia.

Mortes por asfixia

Com a nova explosão de casos de covid no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, levando pacientes internados à morte por asfixia, segundo relatos de médicos que trabalham na capital amazonense.

O Hospital Universitário Getúlio Vargas, ligado à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ficou cerca de quatro horas sem o insumo na manhã desta quinta, o que gerou desespero entre os profissionais, segundo relatou ao jornal O Estado de S. Paulo uma médica da unidade, que não quis de identificar.

O número de sepultamentos em Manaus quintuplicou em um mês, segundo dados divulgados pela prefeitura. Na quarta-feira, 198 enterros ocorreram na capital, dos quais 87 tinham confirmação para covid-19 e sete eram de casos suspeitos. Em 13 de dezembro foram 36 óbitos, seis com resultado positivo para o vírus. Isto representa um aumento de 450%.

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