OPINIÃO

Após perdas de Erick e Wagner Leonardo, Náutico precisa 'blindar' Hereda, Jean Carlos, Vinícius e evitar novas saídas

Com o Timbu chamando a atenção na liderança da Série B, principais peças do time entram no radar de clubes da Primeira Divisão

Filipe Farias
Filipe Farias
Publicado em 08/07/2021 às 22:56
Tiago Caldas/ Náutico
FOTO: Tiago Caldas/ Náutico

Quem está no topo é sempre mais visado. Faz parte do jogo. E não está sendo diferente do Náutico. Líder isolado da Série B, com 21 pontos, único ainda invicto da competição... Campanha que chama atenção não só dos torcedores alvirrubros, mas também de times que estão de olho em possíveis reforços para o restante da temporada. Principalmente aqueles que estão na Primeira Divisão.

Nessa quinta-feira (8), o Timbu sofreu mais um duro golpe. Depois de não ter conseguido renovar o contrato do atacante Erick (está sendo especulado no Ceará), desta vez, a perda foi no sistema defensivo. E que perda! Considerado um dos melhores zagueiros da Série B - estava sendo escalado constantemente na seleção da rodada -, Wagner Leonardo está retornando para o Santos.

 

O clube da baixada santista é detentor dos seus direitos econômicos e solicitou a volta de Wagner Leonardo, já que o também zagueiro Luan Peres está sendo negociado para a equipe do Olympique de Marselha, da França. Com isso, o defensor de 21 anos já desfalca a equipe alvirrubra nesta sexta-feira (9), na partida contra o Goiás, fora de casa. Com mais essa saída, atualmente, o Timbu só conta com quatro zagueiros no elenco: Camutanga, Carlão, Yago e Dênis (da base). Muito pouco.

Para conseguir o tão sonhado acesso, o Náutico precisa além de se manter na parte de cima da tabela, também manter o seu elenco. É necessário que a direção blinde suas principais peças, a fim de evitar novas baixas no plantel. Nomes como Hereda, Jean Carlos, Vinícius e Kieza, destaques da equipe de Hélio dos Anjos, podem ser os próximos alvos de clubes da Série A. O K9, por exemplo, segundo apuração da reportagem da Rádio Jornal, chegou a ter seu nome ventilado no mês passado, em Belo Horizonte, no América-MG, mas o interesse não foi pra frente.

RESOLVER OS PROBLEMAS

Se o elenco timbu já tinha carências, agora, é o time titular que precisa de peças. Hélio dos Anjos necessita de ter opções pra rodar a equipe, evitar improvisações (como acontece com Bryan na lateral esquerda e Matheus Trindade na zaga), variar o esquema de acordo com o adversário ou quando se ver obrigado a mudar o time por conta de lesões e suspensões. A competição é longa e é preciso ter os pés no chão. Não achar que somente com esse grupo dá pra chegar.

Claro que a situação do Náutico está longe de ser desesperadora, mas não se pode sentar no discurso de que está tudo bem e que não "há pressa para contratar". Na verdade, quem determina a velocidade da contratação é o momento. Porém, mesmo o Náutico na liderança da Série B, não é prudente deixar para ir ao mercado somente quando o time começar a oscilar na competição (o que vai acontecer e é natural com qualquer equipe). É importante não confundir a política de austeridade com a procrastinação. Deixar para reforçar o grupo quando o time começar a oscilar, é deixar para resolver o problema somente quando ele passa a incomodar.

* Texto opinativo do jornalista Filipe Farias, da Rádio Jornal.

VEJA MAIS CONTEÚDO