história

Estreante em paralimpíadas, pernambucana Carol Santiago conquista 3ª medalha de ouro e quebra mais um recorde

Aos 36 anos, Carol Santiago ganhou a medalha de ouro dos 100m peito feminino SB12 na natação e bateu o recorde paralímpico

Robert Sarmento
Robert Sarmento
Publicado em 01/09/2021 às 7:57
Alê Cabral/CPB
FOTO: Alê Cabral/CPB

A pernambucana Carol Santiago segue fazendo história nas Paralimpíadas de Tóquio. Nesta quarta-feira (01), a nadadora conquistou a terceira medalha de ouro na competição. Além das vitórias na natação, chama a atenção o fato da atleta de 36 anos estar disputando os Jogos Paraolímpicos pela primeira vez na carreira. Depois de vencer as provas dos 100m livre S12, para pessoas com baixa visão, e dos 100m livre S13, ela ganhou o ouro também 100m peito feminino SB12 e, com a marca 1:14.8, quebrou o recorde paraolímpico.

Na disputa da final, Carol Santiago teve mais de um corpo de vantagem para a segunda colocada. Antes disso, a recifense bateu o próprio recorde paralímpico (de 26s87 para 26s82), quando levou o primeiro ouro no dia 29 de agosto, quando se tornou a primeira mulher do país a subir ao alto do pódio desde 2004 (17 anos) na natação.

> Medalhas, recordes e fim do jejum de 17 anos: Pernambucana Carol Santiago faz história nas Paralimpíadas de Tóquio

''Quero agradecer a todo mundo que está torcendo, que estão me mandando mensagens. Estou muito feliz. Agradeço também a minha família, que vem me acompanhando. Estou competindo muito melhor por causa desse apoio de vocês. Muito obrigada!'', celebrou a paratleta em contato com a Rádio Jornal.

 

História de vida e conquistas

Natural de Recife, Carol Santiago nasceu com síndrome de Morning Glory, que é uma alteração congênita na retina e reduz o campo de visão. Até 2018, de acordo com a assessoria de imprensa, praticava natação convencional, quando decidiu migrar para o esporte paralímpico. Na capital japonesa, já havia conquistado a medalha de bronze para o Brasil nos 100m costas da classe S12 e a prata no revezamento 4x 100m livre misto para deficientes visuais, ao lado de Wendell Belarmino, Douglas Matera e Lucilene Sousa.

> Conheça a atleta que foi amarrada a uma bomba, sobreviveu e faz estreia nas Paralimpíadas

Além dos prêmios em Tóquio, a paratleta tem medalha de ouro nos 50m e 100m livre, além de prata nos 100m costas e no revezamento 4x100m livre 49 no Mundial da categoria em Londres 2019. Nos Jogos Parapan-americanos de Lima (Peru), no mesmo ano, a recifense levou o ouro nos 50m livre, nos 100m livre, nos 100m costas e nos 400m.

VEJA MAIS CONTEÚDO