A Justiça da Itália julgou nesta quarta-feira (19) em última instância o jogador Robinho e de seu amigo, Ricardo Falco, acusados de participação em um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão em 2013.
Nas instâncias anteriores, o jogador e seu amigo foram condenados a 9 anos de prisão, resultado que se repetiu nesta quarta. Com isso, os dois deverão ser presos imediatamente, segundo a Justiça italiana. Além disso, não há mais chances de recursos.
O julgamento durou apenas meia hora e contou com um colegiado formado por cinco juízes homens e uma mulher.
Ao deixar o tribunal, o advogado que representa o jogador, Alexsander Guttieres, afirmou para o portal Uol que o processo apresentava falhas, sem especificar ou entrar em detalhes sobre quais seriam. A vítima esteve no local.
Extradição
Com a decisão, a Justiça da Itália pode pedir a extradição do ex-camisa 7, o que não deve ser aceito pelo Brasil. Isso porque a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros. Além disso, o tratado de cooperação judiciária em matéria penal entre Brasil e Itália, assinado em 1989 e ainda em vigor, não prevê que uma condenação imposta pela justiça italiana seja aplicada em território brasileiro.
Assim, Robinho e Falco correm o risco de serem presos somente se realizarem viagens ao exterior – não necessariamente à Itália.
Para tanto, o Estado italiano precisa emitir um pedido internacional de prisão que poderia ser cumprido pela Interpol, por exemplo, em qualquer país da União Europeia ou naqueles que têm acordo com a Itália.
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