CAMISAS DE FUTEBOL

A Evolução das Camisas de Futebol: Tecido e Identidade

Saiba como foi a evolução dos uniformes no futebol

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Cadastrado por

Túlio Feitosa

Publicado em 05/09/2023 às 10:10
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A cada início de temporada de futebol, as expectativas estão nas alturas. Além das movimentadas transferências de jogadores, outro mercado fervilha de atividade: o das novas camisas.

Cores, designs, cortes, marcas e fornecedores esportivos competem para lançar as últimas novidades mercadológicas. Afinal, essas camisas não são apenas uniformes; elas também são uma fonte significativa de receita para os clubes.

A popularidade das camisas muitas vezes está ligada ao desempenho da equipe durante a temporada. Uma camisa que testemunha conquistas torna-se ainda mais valiosa e emblemática.

Mas a ideia de lucrar com a venda de camisas não fazia parte dos primórdios do futebol. Na Inglaterra, onde o esporte teria nascido, os jogadores usavam cachecóis e chapéus para se distinguirem durante os jogos de inverno.

No entanto, identificar os jogadores era um desafio, levando à regra de que todos deveriam usar um chapéu vermelho e outro azul para facilitar a identificação das equipes.

À medida que o tempo passou, as regras do jogo foram se modernizando, e a partir de 1870, os uniformes se tornaram essenciais para a identificação dos jogadores.

Isso não foi uma transição fácil, pois as camisas precisavam ser encomendadas de alfaiates, e os modelos coloridos eram mais caros do que os brancos, que eram a preferência da época.

Reprodução/Internet
Zoca (E) e Pelé (D) - Reprodução/Internet

A Revolução dos Tecidos

A evolução do jogo de futebol acompanhou de perto os avanços da tecnologia, e isso incluiu as camisas usadas pelos jogadores. No passado, as camisas eram simples, com golas enormes, botões e sem números. No entanto, ao longo dos anos, essas peças essenciais do uniforme passaram por transformações significativas.

Uma das mudanças mais importantes ocorreu na Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil, quando os números nas camisas se tornaram oficiais e obrigatórios.

No entanto, mesmo com essas melhorias, as camisas ainda eram feitas principalmente de algodão, um tecido confortável, mas problemático em condições de chuva ou quando os jogadores suavam intensamente. O algodão, quando molhado, tornava-se pesado e prejudicava o desempenho dos atletas.

Para resolver esse problema, na década de 80, a indústria esportiva introduziu o poliéster, um tecido mais leve e que não grudava no corpo quando molhado, facilitando a evaporação do suor.

Mas, com o passar do tempo, o poliéster também teve seus desafios, incluindo reações alérgicas em alguns jogadores devido à sua composição química.

Joilson Marconne / CBF
Richarlison é o camisa 9 da Seleção Brasileira desde a Copa do Mundo - Joilson Marconne / CBF

As pesquisas continuaram nos laboratórios têxteis, e cerca de uma década depois, tecnologias como Dri-Fit, patenteada pela Nike, e ClimaCool, da Adidas, foram desenvolvidas. Esses materiais conseguiram eliminar o suor sem irritar a pele dos jogadores de maneira eficaz.

Além disso, a indústria passou a utilizar garrafas PET recicladas na composição dos materiais e a implementar cortes e furações a laser para facilitar a troca de calor, como vemos nas camisas modernas dos principais times do mundo.

Camisas Além do Campo

Mais do que apenas uniformes esportivos, as camisas de futebol evoluíram para se tornarem ícones da moda. Hoje em dia, elas fazem parte do guarda-roupa de muitas pessoas, não apenas para uso em estádios, mas também como itens de estilo. Elas podem ser usadas em sua forma original, diretamente da loja, ou customizadas para se transformarem em saias e vestidos únicos.

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Novo padrão do Manchester City - DIVULGAÇÃO

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