FREQUÊNCIA 2.0

Um ato energético, diz parteira que já realizou mais de 360 partos

No país da epidemia de cesarianas, parteira tradicional é alternativa para uma boa hora. Confira também participação do coletivo Mães pela Diversidade

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 07/06/2018 às 11:45
Foto: Arquivo/Cais do Parto
FOTO: Foto: Arquivo/Cais do Parto

O Brasil está entre os países do mundo que mais realiza cirurgias cesarianas no mundo. Isso é contra o que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) e destaca a dificuldade de muitas mulheres em conseguir um parto normal. Esses foram alguns dos temas abordados pelo programa “Frequência 2.0”, que entrevistou a parteira tradicional Marcelly Carvalho. Acompanhe na íntegra abaixo.

“Nascer é sagrado”

Para a parteira, tanto a cesariana eletiva quando o parto normal a todo custo não fazem bem nem para a mãe nem para o bebê
Para a parteira, tanto a cesariana eletiva quando o parto normal a todo custo não fazem bem nem para a mãe nem para o bebê
Foto: Arquivo/Cais do Parto

À frente do CAIS do Parto, em Olinda, Marcelly Carvalho é parteira tradicional há mais de 10 anos e já realizou mais de 360 partos. Ela acredita que é preciso se encontrar consigo mesmo e ter calma na hora de pensar na chegada de um filho, porque o parto é um momento muito especial: “Eu entendo o nascimento como uma forma muito sagrada, um ato energético. Parto tem que ser suave, tem que fluir”, afirmou.

A parteira criticou o grave problema de saúde público que é o excesso de cesarianas, em especial as agendadas. Mas também discordou do parto normal “a todo custo” e de práticas que podem não fazer bem nem para a mãe nem para o bebê.

Lutra contra o preconceito

Outra convidada do programa, a coordenadora estadual do coletivo Mães pela Diversidade, Gi Carvalho, fala do trabalho do grupo que reúne mães e pais de pessoas LGBTI. O Brasil ostenta o triste título de campeão mundial de violência homofóbica e transfóbica. Gi Carvalho diz, no entanto, que o primeiro passo é derrubar o preconceito dentro de casa: “O primeiro preconceito da minha filha foi através de mim, que gritei com ela por ela ser sapatão”, destacou.

Confira ainda: na coluna “Sexo e Relacionamento”, tudo sobre a sexualidade das mamães. Na coluna “Astros e Estrelas”, a influência maternal no zoodíaco. E no quadro “Tá ligado”, uma entrevista com a banda de rock pernambucana Sun Diamond.