NÁUTICO

Ilustres torcedores alvirrubros apontam pontos positivos do momento do Náutico

O Náutico entra em campo em uma partida decisiva contra o Paysandu

Diego Borges
Diego Borges
Publicado em 08/09/2019 às 16:58
Reprodução/Rádio Jornal
FOTO: Reprodução/Rádio Jornal

Que o estádio Eládio de Barros Carvalho, no bairro dos Aflitos, voltou a ser a casa de todo torcedor do Clube Náutico Capibaribe, não é novidade para nenhum consumidor de futebol. Mas seguindo a Av. Rosa e Silva e chegando ao bairro de Casa Forte, na varanda da casa do senhor Ricardo Breno Rodrigues, ex-presidente do Executivo e do Conselho Deliberativo do clube e único alvirrubro com o título de Grande Benemérito, é possível constatar que o Náutico vive muito além dos seus muros.

É nesse espaço que as memória dos 85 anos de sr. Kaká – como é mais conhecido o anfitrião –, do emérito Fernando Azevedo (79) e dos beneméritos Aníbal Freitas (80) e Sebastião Orlando (89) que as recordações se transformam em conversas saudosas sobre a vida do Náutico.

Foi lá que a reportagem do JC buscou elementos para traçar um paralelo entre a situação do Náutico hoje com a de vinte anos atrás. Em 1999, o Timbu também estava na Série C do Brasileiro. Chegou ao quadrangular final, mas acabou em terceiro lugar, atrás do Fluminense e São Raimundo-AM. No entanto, no ano seguinte, em virtude do imbróglio jurídico do Gama, o Clube dos 13 organizou o Brasileiro, que virou Copa João Havelange, dividida em quatro módulos. Com isso, o Flu jogou a divisão principal (na qual está até hoje) e o alvirrubro disputou o Módulo Amarelo, correspondente à Segunda Divisão, mas que garantia aos três primeiros jogar a fase final da João Havelange.

A ascensão de divisão do Náutico à época não é motivo de orgulho para a maioria da torcida alvirrubra. Cenário distinto para hoje à noite, contra o Paysandu. “Vamos disputar a classificação com todas as honras, todo o direito. A CBF buscou o Fluminense para a primeira e puxou o Náutico para a Segunda. Foi um desafogo. Mas hoje não. Será uma conquista”, aponta Kaká.

Ao mesmo tempo, é possível apontar semelhanças entre os contextos. Os rebaixamentos de 1998 e 2017 aconteceram após o clube bater na trave do acesso à Série A em 97 (3° lugar) e em 2015 e 2016 (5° lugar).

Após passar pela Série C em 1999, o Timbu conquistou três Estaduais em quatro anos (2001, 2002 e 2004), evitando o hexa do rival Sport, além de se estabelecer na Série B para chegar à Série A de 2007 a 2009.

Hoje, a esperança de reencontrar o futuro de grandes conquistas do clube se torna ainda maior por três pilares que são apontados por quem viveu grande parte da história do Náutico: valorização da base, estrutura física de qualidade e paz política.
“Me agrada muito a preocupação do Náutico hoje em revelar jogadores da base. A realização de prestigiar, cultivar e usar a base é muito grande. É o correto, rende frutos”, avalia Kaká.

Aflitos

Por sua vez, ex-diretor de futebol em 1974 Sebastião Orlando ressalta a importância de ter os Aflitos de volta. “A reinauguração do estádio é uma marca. Aquilo é um patrimônio nosso. O Eládio de Barros faz parte da nossa história e ter isso hoje é fundamental.”

Enquanto Aníbal Freitas resgata a frase ‘Branco de paz’ do hino do clube para o atual momento político, como fundamental para trabalhar com prosperidade. “O Náutico passou muitos anos brigando dentro do próprio clube e isso foi muito prejudicial. Hoje o ambiente é de paz total.”

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