Agreste

Instituições se unem para implantar medidas na tentativa de desafogar maior maternidade pública do Agreste

A iniciativa é do Ministério Público de Pernambuco e Secretaria Estadual de Saúde

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 10/08/2015 às 9:17

Na tentativa de desafogar a maternidade Jesus Nazareno, em Caruaru, no Agreste do Estado, será criada uma rede de cooperação entre os municípios de menor porte, com a implantação de microregionais.

A novidade irá contar com um partograma, que garante o acolhimento do pré-natal de pacientes de até 120 dias de gestação, garantia de exames gestacionais e a criação de grupos de investigação de óbito infantil nos próprios municípios.

A iniciativa é do Ministério Público de Pernambuco e Secretaria Estadual de Saúde. Com as novas medidas, os órgãos esperam acabar com a superlotação na maior maternidade pública do interior do Estado, atualmente responsável pelo atendimento de gestantes de 54 municípios. Muitas pacientes são encaminhadas para a unidade quando o parto poderia ter sido feito no próprio município onde ela reside.

De acordo com Djair Ferreira, gestor da 4ª regional de saúde, muitos gestores municipais têm condições de realizar partos com segurança, mas preferem transferir as pacientes para Caruaru. "Tem alguns municipios cujo porte possibilita receber a paciente gestante mesmo que não para realizar o procedimento, mas para fazer um primeiro acolhimento e depois encaminhar de uma forma mais responsável. A gente tem observado que alguns municípios não estão realizando desta forma o acolhimento", afirma.

Para o promotor Paulo Augusto, o problema é mais grave, uma vez que, muitas vezes, a paciente tem mudanças no quadro clínico em consequencia da trasnferência não indicada. Ele também explica como vai funcionar a rede de cooperação entre os municípios. "Alguns não estão fazendo e outros estão fazendo de forma deficiente, aí tranforma uma situação que é de baixo risco, para uma situação de alto risco. A idéia é que se conceba em uma microrregiões de 5 a 6 municípios uma unidade de parto para atender o risco habitual daquela microrregião. Os partos de alto risco, aí sim continuariam vindo para o Hospital Jesus Nazareno", explicou.