Os técnicos em sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) continuam no Agreste pernambucano, analisando a atividade sísmica que teve início na última terça-feira (23). Nos últimos dois dias, a terra tremeu 320 vezes em Caruaru, sendo o maior sismo de 3.8 graus na escala Richter.
Nesta quinta-feira (25), os técnicos coletarão dados nas duas estações sismográficas instaladas em Caruaru. Uma delas está localizada no bairro do Salgado, enquanto a outra fica às margens da BR-104, próxima ao aterro sanitário.
Na última terça-feira, as atenções foram voltadas ao município de São Caetano, também no Agreste, em uma localidade da Zona Rural, onde estaria o epicentro dos abalo, a uma distância de três quilômetros do centro. Algumas casas apresentaram rachaduras após o forte tremor.
Os trabalhos foram realizados em um raio de seis quilômetros, ouvindo moradores de casa em casa e registrando em fotografias e filmagens o estrago deixado pelo terremoto. Um dos técnicos em sismologia da UFRN, Eduardo Alexandre, conta que na parte estrutural, os danos não fugiram ao esperado, levando em conta a magnitude do tremor. Ele também comentou que não se sabe como a atividade sísmica vai evoluir na região.
Para tranquilizar a população, o coordenador da Defesa Civil de São Caetano, Ariberto Soares, diz que o órgão vai acompanhar o relatório da URFN e conversar com a população sobre os danos. “Vamos conversar com as pessoas para saber qual o tipo de prejuízo que elas tiveram, seja ele material ou imaterial”, afirmou.