PETROLINA

Polêmica envolvendo outdoor é o novo capítulo do Caso Beatriz Mota

Escola tentou impedir grupo de cobrar esclarecimento do caso em outdoor. Menina foi assassinada na quadra da escola particular em que estudava durante formatura da irmã.

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 06/07/2016 às 6:31


Perto de completar sete meses do assassinato, a morte de beatriz Angélica Mota continua cercada de mistério, dor e incertezas. A criança de sete anos foi morta durante a festa de formatura da irmã no ensino médio no dia 10 de dezembro do ano passado.

O Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, da ordem dos Salesianos, é um dos mais tradicionais de Petrolina, no Sertão do Estado. São mais de 120 depoimentos e de 50 perícias, mas, até agora, ninguém chegou a ser preso. Existe um retrato falado, recompensa em dinheiro do Disque Denúncia e até whatsapp. Ainda assim, o crime permanece uma incógnita.

A visita da diretora do Colégio, irmã Júlia Maria de Oliveira, à sede da Secretaria Estadual de Defesa Social no Recife, nessa terça-feira (5), foi cercada de mistério. A SDS se limitou a dizer que o encontro foi produtivo e que as partes prometeram cooperação.

Leia também: Mistério da morte da garota Beatriz intriga polícia pernambucana

Promotor do Ministério Público deixa Caso Beatriz Mota

Em Petrolina, repercute a informação de que o Colégio tentou retirar das ruas outdoors cobrando um desfecho para o Caso Beatriz. O estabelecimento de ensino gerenciado pela ordem religiosa manteve a postura de não comentar o assunto.

O movimento Somos Todos Beatriz se prepara para realizar um ato pró-justiça no Recife ainda este mês. Os organizadores articulam um encontro com o governador Paulo Câmara para cobrar agilidade nas investigações.

Leia também: Pais de Beatriz Mota criam canal no Youtube para cobrar providências sobre o caso

Em entrevista, mãe de Beatriz Mota lamenta seis meses do assassinato

Uma das coordenadoras do grupo, Deniliria Cavalcante, critica a postura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. “A gente se entristece com esse tipo de preocupação da escola. É impossível não vincular um crime tão bárbaro ao ambiente em que ele ocorreu”, disse. “É fato que em Pernambuco tem tido muito crime, mas que seja dada uma atenção especial a gravidade disso. Nós estamos falando do ambiente escolar. Um lugar onde o pai dela era professor há 14 aos”, completou.