Na madrugada desta segunda-feira (31), sete internos foram mortos durante uma rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru, no Agreste do Estado. Entre as vítimas, seis foram carbonizados e um outro foi mutilado com objetos cortantes.
A rebelião teria começado quando um grupo que fica no alojamento na área das casas se dirigiu para o módulo II e arrastou três internos para o banheiro. Em seguida, o grupo seguiu para outro setor e arrastou mais quatro jovens.
Além dos mortos, o grupo destruiu alojamentos, arrancou portas e danificou a rede elétrica. Saiba mais na reportagem de Núbia Silva:
De acordo com o Major da Polícia Militar Adriel, não houve fuga dos jovens durante a rebelião. A PM ainda não sabe o que motivou a rebelião. Quatro dos sete corpos foram trazidos para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife e outros três foram encaminhados para o IML de Caruaru.
FUNASE
Procurada pela Rádio Jornal, a Funase afirmou que não vai se pronunciar por meio de entrevista. Em nota, o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) afirmou que está identificando os adolescentes acusados pelas mortes e pelos danos ao patrimônio. Eles serão conduzidos à Delegacia de Caruaru, que dará início às investigações sobre os homicídios.
Ainda no texto, a Funase afirma que será aberta sindicância para apurar asa causas da rebelião e que o prazo é de 20 dias renováveis por mais 20 dias.
Sobre a assistência aos familiares, a Funase afirma que "as famílias das vítimas e dos feridos estão recebendo toda assistência, inclusive com auxílio de um psicólogo. A equipe técnica da Funase também está auxiliando as famílias dos envolvidos na rebelião".
O Case tem capacidade para 90 internos. Antes da rebelião, haviam 160 jovens na unidade