Após cerca de 10 dias da rebelião que deixou sete mortos na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, as instituições que fiscalizam as condições da fundação seguem pressionando o Estado por melhorias. O Governo tem até janeiro de 2017 para entregar um projeto de ressocialização, o que para representantes das instituições, tem funcionado de forma precária. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Caruaru, Felipe Sampaio, espera que ainda nesta semana possa se reunir com o novo presidente da Funase para discutir o assunto.
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"Na semana passada, nos reunimos com o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) e ficou definido que articularíamos esta reunião com o novo presidente da Funase, Roberto França e eu já enviei ofício à OAB Pernambuco para que viabilizasse esse contato. A ideia é pressionar o governo, porque é quem tem, efetivamente, o poder de resolver a situação", disse Felipe Sampaio.
O Comdica também espera a reunião para pedir medidas urgentes, como a convocação de agentes. De acordo com a presidente do Comdica, Verônica Alves, há dias que apenas 13 funcionários garantem a segurança dos 180 socioeducandos em uma unidade que foi projetada para suportar apenas 90 jovens. "A unidade está com pouquíssimas pessoas trabalhando e estamos formalizando para que haja uma contratação de agentes o mais rápido possível", explicou.