Em consonância com o Dia Nacional de Greve e Paralisação, servidores do Campus Afogados da Ingazeira do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 4 de novembro. Eles questionam o que classificam como uma "avalanche de propostas de alteração nas esferas públicas municipal, estadual e fedeal", em especial, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, anteriormente chamada de PEC 241.
Os manifestantes também trazem como pautas a reforma do ensino médio e o projeto "Escola sem partido". Os grevistas realizam um protesto público na manhã desta sexta-feira (11), com a concentração na praça Arruda Câmara.
Em Petrolina, no Sertão, sindicatos e movimentos sociais realizam ato público com concentração na Praça do Bambuzinho, no Centro da cidade. Para o professor Nilson de Almeida, presidente da Seção Sindical dos Professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o ato é a primeira etapa dos protestos sindicais contra as repostas propostas pelo governo de Michel Temer.
"O papel fundamental do Estado é proporcionar direitos e não apenas arrecadas impostos. Teremos outro dia de greve nacional, no dia 25 de novembro, e o objetivo principal é o da garantia de direitos. Na medida que congelar os investimentos sociais por 20 anos, isso trará um prejuízo muito grande para a população em vários aspectos. Também trará um prejuízo muito grande também para a economia", disse o professor Nilson.
A mobilização também é apoiada pelo Sindicato dos Servidores Municipais e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco.
PEC 55
A PEC 55 é uma Proposta de Emenda Constitucional que pretende altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para instituir o novo regime fiscal. A partir daí as despesas primárias, como educação e saúde, seriam fixadas por um período de 20 anos. A PEC foi aprovada na Câmara dos Deputados e está em votação no Senado.