CARUARU

MPPE e Governo discutem precariedades no Hospital Regional do Agreste

Uma pauta de 20 itens elenca as precariedades da unidade. Pacientes denunciam que precisam levar lençóis de casa e que o único remédio para a dor é dipirona

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 15/12/2016 às 12:39
Foto: Rafael Lima/Secom Prefeitura de Caruaru


Reportagem de Núbia Silva

Na próxima terça-feira (20), representantes do Ministério Público de Pernambuco e da Secretaria Estadual de Saúde se reúnem em Caruaru, no Agreste do Estado, para debater a situação do atendimento no Hospital Regional do Agreste (HRA). A unidade é referência no atendimento traumatológico na Região.

Nos últimos dias, pacientes e acompanhantes procuraram a Rádio Jornal Caruaru para reclamar do atendimento na unidade hospitalar. Eles afirmam que falta água, a higiene é precária e até os lençóis das camas são levados pelos próprios pacientes. Para conter a dor, o único medicamento disponível é a dipirona. Todos os meses, a unidade atende 1,7 mil atendimentos na emergência e 5 mil nos ambulatórios.

» Ministério Público cobra soluções para o Hospital Regional do Agreste
» Vigilantes e porteiros do Hospital Regional do Agreste decidem cruzar os braços por falta de pagamento
» Hospital Regional do Agreste pode perder seu banco de sangue

Pauta de reinvindicações

O HRA já foi alvo de diversos relatórios do conselho gestor de saúde, que remeteu a documentação ao Ministério Público. Para o promotor de Justiça Paulo Augusto, a situação no Hospital requer vigilância constante da Justiça e dos próprios pacientes. "Já foi remetida ao Governo do Estado uma pauta com 20 itens precários que precisam ser resolvidos com urgência", afirma. "Para mim, o pior deles é a falta de médicos para dar cumprimento às cirurgias de emergência", completa.

Resposta

Em nota, a direção do Hospital Regional do Agreste reconhece a grande demanda de pacientes na unidade, em especial por causa do número crescente de acidentes de transporte terrestre na região, especialmente motos. Ainda no texto, a gestão afirma que "preza pelo atendimento humanizado e pelo conforto aos pacientes em todos os setores do hospital".

No texto, o HRA informa que realizou recentemente a aquisição de cobertores, lençóis e outros tecidos, e a reposição já foi feita. Sobre os medicamentos, o HRA afirma uqe as faltas são pontuais.