SERVIÇO PRECÁRIO

Precarização e insegurança: o transporte público no Agreste do Estado

Além dos quase 1000 assaltos a ônibus no Estado em 2017, moradores de Caruaru, Pesqueira e Limoeiro convivem com vários problemas estruturais

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 28/03/2017 às 9:22

Imagem

A cidade de Caruaru conta com uma frota de mais de 750 mil veículos circulando diariamente pelas ruas mal projetadas do município. Todos os dias, um trânsito intenso é resgistrado nas principais ruas do Centro de Caruaru, principalmente durante os horários de pico.

A situação é ainda pior quando os ônibus passam por vias estreitas. Sem corredores adequados, os transportes públicos contam com usuários diariamente reféns da precariedade. Em 2016, a Prefeitura chegu a criar uma faixa exclusiva na Rua Capitão João Velho, no Centro. Porém, com a mudança de administração, as obras estão abandonadas.

Saiba mais na reportagem de Berg Santos

Improviso

Já os moradores de Pesqueira não contam nem com um serviço de transporte público padronizado. O serviço é realizado por vários microonibus, que não possuem linhas de atendimento nem pontos de parada definidos.

O máximo que já aconteceu na cidade nesse sentido foi uma determinação da Prefeitura em 2016, que definiu a Praça Jurandir de Brito como ponto de coleta de passageiros durante o período de instalação da Zona Azul em Pesqueira. A regra, porém, não é cumprida à risca.

Os proprietários de microonibus da região não quiseram se pronunciar, mas um deles confidenciou à reportagem da Rádio Jornal que trabalha de maneira aleatória, recolhendo passageiros e levando aos principais bairros do município.

Com a precarização do sistema, serviços alternativos como mototáxis e telecarros ganharam destaque na cidade do Agreste do Estado. Ouça mais detalhes na reportagem de Nildo Lucena:

Assaltos

Em Limoeiro, por sua vez, o principal problema é a insegurança nas estradas. Apenas duas empresas realizam o serviço intermunicipal. Motoristas e cobradores revelam que já perderam as contas da quantidade de assaltos que sofreram nos últimos anos.

A maior parte dos casos acontece nos últimos horários do dia, principalmente no trajeto Capital-Interior. Há relatos, inclusive, de assaltos que terminaram com vítimas fatais. De acordo com os passageiros, raramente os ônibus são parados nas blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ou são abordados pelas autoridades no período noturno.

Ouça a reportagem de Alfredo Neto: