TRAGÉDIA

Chacina em Caruaru: sobrevivente ainda não sabe da morte da família

A família de José Geraldo foi alvo de um latrocínio, na Zona Rural de Caruaru. A mãe, o pai e a irmã do jovem não resistiram aos disparos de arma de fogo

Rádio Jornal
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Publicado em 29/03/2017 às 14:07

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Há uma semana no Hospital da Restauração, José Geraldo Pereira da Silva, de 23 anos, começou a apresentar melhora no estado de saúde. O jovem sofreu dois disparos de arma de fogo, um na cabeça e outro no braço, durante um assalto a propriedade na Zona Rural de Caruaru, no Agreste.

Nessa investida, os suspeitos encapuzados tiraram a vida da irmã, mãe e do pai do paciente que ainda chegou a ser levado para o Hospital Geral do Agreste.

Desde que foi transferido para o Hospital na Restauração no Recife, José Geraldo passou por cirurgias na cabeça e no braço. Ele começa a apresentar melhorias, como explicou a chefe da UTI do HR, Fátima Buarque.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

De acordo com a equipe médica, o paciente já responde aos chamados e movimenta os membros superiores e inferiores, apesar de não estar descartada a possibilidade de sequelas. Os próximos sete dias serão fundamentais para diagnosticar a situação motora do paciente.

Hoje, quadro clínico de José Geraldo que é considerado grave e estável, surpreende a médica.

Apesar de consciente, José Geraldo ainda não foi informado sobre os familiares mortos e um psicólogo vai ajudá-lo quando chegar o momento.

Suspeitos

Os autores do triplo homicídio de uma família na Zona Rural de Caruaru, no Agreste do Estado, já estão na Penitenciária Juiz
Plácido de Souza. Rafael Sebastião da Silva, 19, e João Anderson Gomes da Silva Pereira, 23, estão em uma cela isolada da
unidade prisional após a chegada dos dois causar um tumulto entre os detentos.

O terceiro acusado do crime, um adolescente de 17 anos, está na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do
município. Na chegada ao presídio, João Anderson se disse muito arrependido e pediu perdão à mãe.

De acordo com a polícia, Rafael Sebastião era vizinho das vítimas. A intenção dos criminosos seria, realmente, de roubar as
motos da família, mas como Joselma Pereira da Silva, 52, conseguiu remover a touca de Rafael no momento da ação. Por serem
reconhecidos, o grupo decidiu matar toda a família.