INVESTIGAÇÃO

Polícia pretende ouvir alunos que envenenaram professora

O veneno foi colocado dentro da água da professora, que leciona em uma escola particular no município de Nazaré da Mata

Rádio Jornal
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Publicado em 01/09/2017 às 16:15

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Em Nazaré da Mata, a cerca de 70 quilômetros do Recife, na Zona da Mata Norte do Recife, a suspeita de que três alunos de uma escola privada teriam envenenado a água da professora, começou a ser investigada pela Polícia Civil. A professora de 34 anos foi avisada por um outro aluno a não tomar aquela água da garrafa e comunicou a direção.

Na manhã desta sexta-feira (1º), pais e alunos estavam preocupados com a notícia que começou a circular nas redes sociais.

A mãe de dois alunos, que preferiu não se identificar, se disse assustada. “Minha filha cegou contando a história, mas eu quero que a escola continue porque ela não tem nada a ver”, comentou, elogiando ainda o trabalho da professora.

A diretora da escola, que também teve o nome preservado nesta reportagem, conversou com os pais dos alunos suspeitos de terem colocado veneno para a professora e afirma que eles estão preocupados com a situação. A gestora acredita que os alunos do terceiro ano do ensino fundamental tenham feito uma brincadeira.

Na dinâmica, um aluno de 12 anos ficou observando a movimentação enquanto outros dois de 9 anos colocaram a substância dentro da garrafa.

Ouça os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Situação da professora

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Levada ao Hospital Ermírio Coutinho com sintomas de tontura, formigamentos nos lábios e membros superiores e com os olhos lacrimejando recebeu cuidados e foi liberada, explica o diretor geral Francisco Madeiro.

Sobre as investigações do caso, o delegado Rommel Ricardo, titular de Nazaré da Mata, intimou a vítima para entender a motivação das três crianças e em seguida pretende ouvi-las.

O delegado detalha o que poderá ocorrer caso seja confirmada a intenção de envenenar a professora. “Em relação a punibilidade das crianças nenhuma, porque elas são menores de 12. Vou encaminhar ao Ministério Público, mas o máximo é um acompanhamento psicológico”, apontou.