Dificuldades financeiras e atrasos nos repasses de verbas da Secretaria Estadual de Saúde são os motivos alegados pela Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), em Petrolina, no Sertão do Estado, para suspender as atividades. Desde essa terça-feira (9), os atendimentos ambulatoriais, internações, tratamentos quimioterápicos e distribuição de medicamentos adjuvantes para pacientes oncológicos foram interrompidos por tempo indeterminado.
Fundada há 70 anos, essa é a primeira vez que a instituição suspende os atendimentos. Com isso, centenas de pacientes de Pernambuco, da Bahia e do Piauí não estão mais recebendo atendimento contra o câncer. Em nota, a Apami afirmou que o fechamento foi devido a “dificuldades financeiras para custear a compra de medicamentos, insumos e pagamentos de funcionários, justificado pelos sucessivos atrasos de repasses mensais e, de dívida acumulada e progressiva, por parte da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco”.
De acordo com o diretor-presidente da Associação, são mais de R$ 2,5 milhões em atraso. Saiba mais na reportagem de Marco Aurélio, da Rádio Jornal Petrolina:
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que está realizando esforços para regularizar o repasse às unidades de saúde e que "vem dialogando com a unidade para que a situação seja resolvida de maneira rápida e responsável”.
Tratamento
Entre os serviços oferecidos no Hospital Dom Tomás, criado pela Apami, estavam consultas médicas em oncologia, tratamentos de quimioterapia, hormonoterapia e imunoterapia de alto custo, cuidados paliativos, cirurgia oncológicas de grande de médio e grande porte e pequenas cirurgias, exames laboratoriais, diagnósticos e de imagem. Também eram oferecidos serviços auxiliares como nutrição, fisioterapia, assistência social, farmácia e enfermagem.