Interior

Advogado é detido por suposto desacato a autoridade

Durante uma assembleia realizada por vigilantes um dos advogados da categoria foi levado para a delegacia

Fellipe Leandro
Fellipe Leandro
Publicado em 05/07/2018 às 22:15
Reprodução Internet
FOTO: Reprodução Internet

O advogado Sávio Delano foi autuado por um suposto desacato a autoridade na tarde desta quinta-feira, durante uma assembleia realizada por vigilantes para a criação de uma sub sede do sindicato em Caruaru. A reunião que estava prevista para acontecer em um prédio, acabou sendo feita na avenida.

O advogado Eduardo Morais representante da categoria, afirmou que houve tumulto no local porque já existia um sindicato dos vigilantes no município. Ele disse que a construção de um novo sindicato, quando já existe um na cidade, é desnecessária e ilegal. O advogado contou ainda que chamou a polícia para conter a confusão.

De acordo com o presidente do sindicato de vigilantes em Caruaru, João Rodrigues, os policiais tentaram acalmar os ânimos dos advogados que estavam realizando uma assembleia na rua. Ainda segundo João, Sávio não concordou com a atitude dos policiais, alegando que os profissionais estavam ferindo sua prerrogativa de advogado e queria a criação do sindicato de todo jeito.

A OAB Pernambuco emitiu uma nota de repudio em relação a conduta adotada pelos policiais militares.

Confira a nota da OAB Pernambuco

"A OAB Pernambuco repudia veementemente a atitude de policiais militares lotados em Caruaru, que, nesta quinta-feira (05), em conduta violadora do art. 7°, Parágrafo 3°, do Estatuto da Advocacia e da OAB, abusaram da autoridade e colocaram à força em um camburão o advogado Sávio Delano Vasconcelos Pereira. Além de prestar a devida assistência por meio da subseção da OAB em Caruaru e da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas (CDAP) da Ordem no estado, a entidade está adotando as medidas criminais cabíveis e entrará com uma representação na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social para que os responsáveis por atos tão arbitrários, abusivos e violadores das prerrogativas da categoria sejam devida e exemplarmente punidos."