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Após laudo negando estupro, pai de bebê de 3 meses vai acionar justiça

O pai ficou nove dias na cadeia suspeito de estupro. Advogado afirma que vai investigar de quem é a culpa da prisão e entrar com ação indenizatória

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 20/09/2018 às 9:01
Agência Brasil
FOTO: Agência Brasil

O homem de 39 anos que foi preso suspeito de estuprar o filho de apenas três meses em Caruaru deixou a Penitenciária Juiz Plácido de Souza na tarde dessa quanta-feira (19). O laudo do Instituto Médico Legal, divulgado seis dias após a prisão, confirmou que a criança não sofreu nenhum tipo de agressão sexual e sim que foi vítima de uma infecção.

Em companhia de um advogado, o homem, que não será identificado, relata como foi ficar nove dias preso em uma cela de isolamento. "Eu quero justiça. Não tenho nem palavras para dizer", afirma. Saiba mais na reportagem de Berg Santos, da Rádio Jornal Caruaru:

Ação reparatória

O advogado Jair Denílson Lima destaca que vai continuar acompanhando o cliente para possíveis reparações. "Vamos continuar as investigações para identificar onde surgiu o erro que levou um inocente para o Juiz Plácido de Souza. Aí sim tomaremos as medidas cabíveis para uma reparação pecuniário ou uma ação por danos morais e materiais", diz.

Relembre o caso

Segundo a polícia, a mãe do bebê, que é muda e surda, estava em casa com o filho e o esposo, foi tomar e quando voltou a criança não parava de chorar. Ao trocar a roupinha do menino, ela notou que havia ferimentos e chamou a madrinha da criança.

O bebê foi levado para a policlínica e a médica de plantão constatou o estupro. A polícia foi imediatamente acionada e autuou o suspeito em flagrante. Após audiência de custódia, ele foi preso. O homem só foi solto após o laudo do IML afirmar que não havia existido estupro.