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Funase de Caruaru passará por inspeção para apontar problemas na unidade

Esta semana, um princípio interno foi registrado no portão interno da unidade da Funase de Caruaru, mas nenhum menor conseguiu fugir

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 08/11/2018 às 17:23
Reprodução/ Internet
FOTO: Reprodução/ Internet

Inaugurada em 2006 a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Caruaru, no Agreste do Estado, abrange 42 cidades de Pernambuco e tem capacidade para 100 internos, mas abriga 122. No local, vivem adolescente com a idade entre 12 e 18 anos que cometeram atos infracionais leves.

Ao longo do tempo, vários problemas estruturais foram registrados na unidade, além de rebeliões, princípios de tumultos e fugas dos internos. O juiz da Vara da Infância e Juventude, José Fernando, relata que os problemas na Funase são antigos e destaca que todas as falhas já foram comunicadas aos órgãos competentes.

Na próxima segunda-feira (12), profissionais vão realizar uma vistoria na Funase. Ainda de acordo com o juiz, a inspeção serve para identificar mais uma vez os problemas existentes. “A partir desse laudo técnico que vai ser produzido por essa perícia vamos abrir vista às partes para se manifestar e, posteriormente, dar a sentença”, apontou o juiz.

Confira os detalhes na reportagem de Renata Araújo:

Segundo a presidente da Funase, Nadja Alencar, há um diálogo entre a unidade e o judiciário. Além disso, esse tipo de inspeção é uma alternativa para elencar os problemas. "Algumas questões já foram resolvidas, por exemplo, quantitativo de agentes socioeducativos (...) Essa inspeção ela já é uma alternativa para que a gente encontre para outras questões que a gente vai elencar. A disposição da Funase e do Governo do Estado é atender os pontos levantados", disse.

Tentativa de fuga

Uma tentativa de fuga foi frustrada na noite desta terça-feira (6), no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, Agreste de Pernambuco. Segundo a assessoria da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), um princípio de incêndio foi provocado em um portão interno da unidade, mas foi rapidamente controlado pelo Corpo de Bombeiros.

O tumulto teve início por volta das 21h30. Agentes socioeducativos e policiais militares do Batalhão Integrado Especializado (Biesp) controlaram o princípio de tumulto. Nenhum socioeducando fugiu e ninguém ficou ferido. As circunstâncias do ocorrido serão investigadas pela Corregedoria.

De acordo com a Polícia Militar (PM), às 23h15, tudo foi controlado. A PM ainda informou que socioeducandos de pavilhões diferentes teriam dado início a uma briga e ateado fogo em colchões, cadeiras televisores e outros objetos. Essa versão não foi confirmada pela assessoria da unidade.