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Polícia quer saber se havia interessado em comprar bebê em Caruaru

Uma denúncia anônima revelou que uma mulher, usuária de drogas, estaria tentando vender sua filha, um bebê de apenas 23 dias

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 14/11/2018 às 16:43
Foto: Reprodução/Google Maps
FOTO: Foto: Reprodução/Google Maps

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar uma mãe que supostamente estava tentando vender sua filha, uma recém-nascida de apenas 23 dias de vida em Caruaru. A polícia tomou conhecimento após uma denúncia anônima nesta terça-feira (13) relacionada a abandono de incapaz do bebê e de uma outra criança de apenas dois anos.

A mulher prestou depoimento nesta tarde, na Delegacia de Caruaru. Ela foi localizada durante uma operação de combate a exploração sexual. "Estava sendo realizada uma operação de combate a exploração sexual na feira de gado quando chegou até nós a denúncia. Fomos em apoio ao Conselho Tutelar e a nossa equipe encontrou duas crianças em situação de abandono. O Conselho Tutelar encontrou a mãe e ela vai responder por abandono de incapaz", disse.

A mãe da criança é usuária de drogas e tentou vender o bebê por cerca de R$ 2 mil. De acordo com o delegado Bruno Vital, a investigação agora é para saber se havia um comprador. "Foi instaurado um inquérito se havia alguém interessado ou oferecendo tal valor", explicou o delegado.

Diante da situação, as crianças foram levadas para o abrigo municipal e acolhidas pelo Conselho Tutelar.

O caso

A situação foi descoberta nessa terça-feira (13), no bairro de Divinópolis, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Na residência das crianças, a equipe da polícia, inicialmente, não encontrou a mãe. Os menores, que estavam em um ambiente sem higiene e sem alimentação, foram acolhidas pelo Conselho Tutelar e foram levadas para um local seguro. Segundo as informações de testemunhas, era comum a mãe sair de casa e deixar os filhos para usar drogas.

"A informação é que ela pôs a criança a venda, pelo valor de R$ 2 mil, mas se tinha algum comprador em vista ainda não sabemos", informou Bruno Vital.