Rebelião deixa 3 mortos e 9 feridos na Funase

Da Rádio Jornal
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Publicado em 11/01/2012 às 8:33
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Do Redator de Plantão Uma noite de terror na Fundação de Atendiemento Socioeducativo (Funase), nesta última terça-feira (10). A partir das 17h, uma rebelião deixou 3 mortos e 3 feridos na unidade, localizada no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR). O tumulto teve início no final da tarde, na ala 1, considerada a de segurança, onde ficam os jovens que cometeram crimes graves. Em poucos minutos, os manifestantes promoveram um quebra-quebra em várias salas do CASE (Centro de Atendimento Socioeducativo) do Cabo de Santo Agostinho. Equipes do batalhão de choque da PM e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para controlar a situação. Por conta da rebelião, um trecho da estrada de Pirapama teve que ser fechada para impedir a fuga dos infratores. Três agentes da Funase foram feitos de refens, mas acabaram sendo liberados sem qualquer ferimento. Para conter os ânimos, o batalhão de choque da PM utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha. Os jovens infratores reagiram atirando pedras em direção aos militares, um deles foi atingindo na cabeça sem gravidade. O saldo da rebelião mostra que 3 adolescentes foram mortos. Os corpos foram enviados ao Instituto de Medicina Legal (IML). Informes extra-oficiais dão conta que uma das vítimas era conhecida como Geléia e não era bem quista entre os colegas. Após ser espancado brutalmente, o jovem teve o corpo carbonizado e a cabeça decapitada e jogada para fora da unidade. De acordo com a Funase, a rebelião no Cabo, a 1ª do ano, terminou quase 7 horas depois. Durante a confusão na noite desta terça, 2 internos tentaram escapar, mas foram recapturados. Foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) 7 jovens acusados de liderar a barbárie no centro sócioeducativo. A cabeça decapitada estava enrolada em um lençol azul e o corpo carbonizado foi colocado de cabeça para baixo na trave da quadra. A delegada da Força Tarefa de Homicídios, Gleide Angelo, detalha os encaminhamentos adotados na ocorrência: De acordo com o perito do Instituto de Criminalística (IL), Gilmário Lima, as vítimas foram torturadas antes de morrer: Do lado de fora da unidade, o clima era de desespero, com os parentes em busca de informações sobre os jovens dentro da Funase. De acordo com alguns familiares, o protesto foi motivado pela administração de Maria Suzete Lúcio. Os poucos que se dispuserem a falar reclamavam da qualidade da comida e os maus tratos praticados pelos agentes sócioeducativos. Uma mulher que não quer ser identificada, por temer represálias, diz que outras rebeliões podem ocorrer: Outra parente, que adota o anoniamto, revela que os jovens infratores do CASE do Caboe stão sofrendo demais: Emocionada, a dona de casa Lindalva Maria Duda denuncia a prática de maus tratos no interior da unidade: O presidente da Funase em Pernambuco, Alberto Vinícius, afirma que não haverá impunidade neste caso: Nesta qaurta-feira (11), às 15h, a Secretária Estadual da Criança e Adolescente, Raquel Lyra, concede entrevista para falar sobre o assunto. Confira as imagens do momento em que jornalistas se deparam com a cabeça lançada pelo muro da unidade: