O tumulto no Centro de Internação Provisória (Cenip), na tarde desta terça-feira (17), coincidiu com o primeiro dia da conferência estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. A confusão ocorreu um dia antes da implantação da Lei 2594, que trata do atendimento socioeducativo.
O Cenip tem capacidade para abrigar 90 internos, mas atualmente conta com cerca de 300. Quarenta e nove jovens do Pavilhão II aproveitaram o horário de almoço para fugir da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
Eles derrubaram um portão e depois escalaram e pularam o muro que tem quatro metros de altura. Até o início da madrugada desta quarta-feira (18), foram localizados 40 jovens, alguns com ferimentos leves.
Uma funcionária da unidade que não quer se identificar revela que o maior problema é a superlotação:
Os internos acabaram sendo localizados no interior das residências e de estabelecimentos comerciais próximos ao Cenip. Cento e cinquenta policiais militares, mais de dez viaturas e até o helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) foram utilizados nas buscas. Dos 49 fugitivos, apenas nove ainda não foram localizados pelas equipes da polícia federal.
A mãe de um adolescente infrator, que prefere o anonimato, diz que a fuga em massa havia sido planejada no dia anterior:
Um agente socioeducativo da Funase saiu ferido sem gravidade na fuga em massa no Cenip, órgão vinculado a Funase. Temerosos, dezenas de parentes foram até o local em busca de notícias dos garotos em conflito com a Lei.
Os familiares dos internos reclamam da falta de condições da estrutura física do prédio e da superlotação. Major Galindo, comandante do 12º Batalhão afirma que para fugir os infratores agiram rápido:
A Funase vai abrir uma sindicância interna para apurar as reais causas da fuga em massa no Cenip, no Bonji. A diretora da unidade, Nadja Alencar, reconhece que a capacidade está bem acima do limite original:
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