Do Redator de Plantão
Família da paciente que morreu a espera de atendimento no Hospital Oswaldo Cruz vai entrar com uma ação na justiça contra o Estado. O corpo de Tânia Maria Gomes, de 58 anos, foi sepultado, na tarde desta segunda (12), no Cemitério do Pacheco, sob clima de revolta.
Quinze dias após deixar a unidade de saúde, em Santo Amaro, área central do Recife, a paciente, com câncer de fígado, passou mal. Ela foi levada da residência, no Bairro de Areias, Zona Oeste da cidade, até o Centro de Oncologia do Oswaldo Cruz.
De acordo com os familiares, a dona de casa morreu pouco menos de meia hora após chegar no Hospital Universitário. No entanto, uma médica autorizou a retirada do corpo do interior do táxi duas horas depois do óbito.
Os parentes de Tânia Maria Gomes alegam que somente com a ameaça de acionar a imprensa é que os procedimentos foram agilizados. Françoise Wedja Gomes de Arruda, uma das filhas da dona de casa, relembra o descaso no Oswaldo Cruz:
Os parentes explicam que foram informados pelos médicos de que Tânia Maria Gomes deveria ser levada direto para o Oswaldo Cruz. Ela teria passado dois meses internada no Centro de Oncologia para o tratamento do câncer no fígado.
Em nota, a unidade de saúde informa que vai apurar o fato e punir os responsáveis se necessário. Ana Karoline Lima da Silva, outra filha da paciente, diz que ninguém ajudou a salvar a vida da senhora de 53 anos:
MOBILIZAÇÃO - Na manhã desta segunda (12), médicos residentes realizaram um protesto para reivindicar melhorias no Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Com cerca de 130 anos de história, a unidade teve cerca de 30% das enfermarias fechadas.
O secretário estadual de Ciência e Tecnologia anunciou a contratação de 95 médicos. Outros 265 profissionais serão incorporados através de seleção simplificada.
Ele revelou também a mudança no modelo de gestão que inclui o Pronto Socorro Cardiológico Procape. Marcelino Granja afirma quais são os investimentos que serão colocados em prática a curto prazo: