Trabalhadores do transporte público no Grande Recife são afastados por acidentes de trabalho

Da Rádio Jornal
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Publicado em 17/09/2013 às 15:13
Nos últimos cinco anos, cinco mil trabalhadores, entre motoristas e cobradores do transporte público na Região Metropolitana do Recife, foram afastados por motivos de saúde e condições ruins de trabalho. Estes números foram apresentados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que está movendo atualmente 18 ações contra sete empresas consorciadas. A Grande Recife Consórcio de Transporte também é co-réu em todos esses processos. As primeiras audiências só devem acontecer a partir de fevereiro do ano que vem, mas, algumas determinações, podem ser cumpridas imediatamente, como o cumprimento de uma jornada de trabalho de até 44 horas semanais. O Ministério Público do Trabalho investigou a situação de motoristas e cobradores a partir de estudos desenvolvidos pelas Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE). Para desenvolver o estudo, os pesquisadores percorreram os coletivos e entrevistaram os motoristas e cobradores na Região Metropolitana do Recife. O Coordenador do Laboratório de Segurança e Higiene da UPE, Béda Bakokébas conta que cerca de 40% desses trabalhadores sofria de doenças ergonômicas. A procuradora do trabalho, Vanessa Patriota, argumenta que é preciso estar atento à realidade desses profissionais. Ouça na reportagem de Karoline Fernandes, que traz as informações sobre a pesquisa. Atualmente 19 empresas atuam no Grande Recife Consórcio de Transporte. Cerca de dez mil trabalhadores, entre motoristas e cobradores, estão empregados neste sistema.