Metroviários paralisam atividades para pedir melhorias e mais segurança

Da Rádio Jornal
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Publicado em 03/10/2013 às 17:48
Da Rádio Jornal Atualizado em 04/10 às 10h25 Estações sequer abriram as portas. Foto: Rafael Carneiro/ Rádio Jornal Estações sequer abriram as portas. Foto: Rafael Carneiro/ Rádio Jornal A partir da 0h hora desta sexta-feira (4), mais uma categoria suspende as atividades em Pernambuco. Dessa vez, os metroviários do estado realizam uma paralisação de 24h. A ação foi definida em assembleia realizada na terça-feira (1º), na Estação Recife, no centro da cidade, quando também foi definido o estado de greve da categoria. Grandes filas na busca pelos ônibus que complementam o transporte neste dia de paralisação. Foto: Clarissa Siqueira/ Rádio JC News Grandes filas na busca pelos ônibus que complementam o transporte neste dia de paralisação.
Foto: Clarissa Siqueira/ Rádio JC News Com as estações do metrô totalmente fechadas, cerca de 360 mil passageiros que usam o transporte diariamente são atingidos pela paralisação. O Grande Recife Consórcio de Transporte montou um esquema especial para atender aos usuários e tentar minimizar os efeitos. Ao todo, 232 veículos circulam na cidade nesta sexta, 76 a mais do que a frota utilizada em dias comuns, 21 linhas foram reforçadas e quatro linhas especiais foram criadas. O repórter Rafael Carneiro traz essas informações direto da estação Joana Bezerra, no centro do Recife: Falta de informação sobre a paralisação e demora nas filas dos ônibus foram as reclamações de quem passou pela estação do metrô do Barro. Clarissa Siqueira traz informações direto do local: No Terminal Integrado de Jaboatão dos Guararapes Foto: Clarissa Siqueira/ JC News No Terminal Integrado de Jaboatão dos Guararapes Foto: Clarissa Siqueira/ JC News No Terminal Integrado de Jaboatão dos Guararapes a fila para embarque nos ônibus que vão ao centro do Recife ficou muito maior que de costume: Na estação de Joana Bezerra, o cenário não foi diferente ao longo de toda a manhã. Passageiros ficaram confusos sobre que ônibus poderiam utilizar para substituir as linhas de metrô e tiveram que gastar mais de uma passagem para chegar ao seu destino. Rafael Carneiro conversa com usuários: O diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários, Levi Arruda, explica que a pauta de reivindicações tem três pontos principais: a categoria precisa de um metrô público de qualidade, é preciso que haja o investimento no setor. O Pacto da Mobilidade já liberou R$ 50 milhões, mas, segundo Levi, parece que nada foi investido no sistema. Os metroviários  pedem que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) garanta segurança para a população e para o funcionário, que está sendo agredido pelo sucateamento dos equipamentos. Ainda de acordo com o sindicato, a categoria está em alerta de greve desde o dia 26 de setembro, quando ocorreu a primeira assembleia e desde então a CBTU, não se posicionou sobre a pauta de segurança, privatização e estadualização do sistema. O diretor de comunicação também denuncia o sucateamento do sistema em Pernambuco. Ele diz que tanto no centro de manutenção de Cavaleiro quanto no de Werneck, VTLs novos, com menos de um ano de uso, são utilizados para repôr peças de trens velhos. VLT sucateado na Estação Werneck. Foto: Sindicato dos Metroviários VLT sucateado na Estação Werneck.
Foto: Sindicato dos Metroviários VLT Foto: Sindicato dos Metroviários Segundo Levi, a categoria está receosa por conta dos acontecimentos da última segunda-feira (30), quando dois trens foram depredados, bilheterias saqueadas e profissionais agredidos, depois de uma falha técnica. Mas também informou que os metroviários estão recebendo apoio da população. A CBTU foi procurada, mas não se posicionou sobre as reclamações e reivindicações. Ainda de acordo com Levi Arruda, a interrupção é um alerta para governo do Estado e CBTU, que não estariam dando condições necessárias para a classe trabalhar. Neste sábado (5), os serviços devem voltar ao normal.