Houldine Nascimento
Da Rádio Jornal
O diretor da Estação Luz, Luís Eduardo Girão, e o documentarista David Kyle. Foto: Houldine Nascimento / Especial para a Rádio Jornal
Nesta quarta-feira (13), o Recife recebeu a pré-estreia do filme Blood money - aborto legalizado. O documentário é uma produção independente e estreou nos Estados Unidos em 2010. Demorou algum tempo até chegar ao Brasil, que é apenas o terceiro país a exibir a obra (lançada anteriormente na Espanha).
Com a narração de Alveda King, sobrinha de Martin Luther King Jr., o filme tem uma posição firme contra o aborto, prática permitida nos Estados Unidos desde 1973 e que ocasionou 50 milhões de procedimentos. Para tal, o cineasta estreante David Kyle convida médicos, pacientes, cientistas e ativistas que tentam de todas as formas convencer que ninguém tem o direito de por fim a uma vida.
Em determinados momentos, os relatos chocam, como é o caso de Carol Everett, uma mulher que se diz arrependida por ter participação ativa em milhares de abortos. A imundície das clínicas especializadas e a grande movimentação financeira que a prática proporciona também são ressaltadas à exaustão.
O documentário traz alguns dados curiosos: três de cada cinco mulheres negras optam pelo aborto nos EUA. A experiência também condiciona as mulheres ao suicídio. No entanto, o longa-metragem ignora casos de difícil situação, como o estupro. O que fazer nessas situações?
O diretor David Kyle esteve no Cine Rosa e Silva para acompanhar o pré-lançamento. Quando perguntado sobre o que levou a sociedade americana a aceitar a "cultura do aborto", ele disse que não sabia responder ao certo, mas que talvez viesse do movimento da contracultura nos anos 1960.
Luís Eduardo Girão é diretor da Estação Luz, distribuidora do filme no Brasil, em conjunto com a Europa Filmes. Ele destacou a importância de discutir o assunto, bastante atual em nosso país, onde ainda se mantém ilegal. Alguns parlamentares inclusive começam a falar no longa.
O que Blood money - aborto legalizado propõe é o "caminho inverso" do que foi feito nos anos 70: o retorno à proibição nos EUA. A obra tem estreia comercial a partir desta sexta-feira (15).
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