Comissão da verdade apura perseguição política contra classe artística de Pernambuco

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 21/11/2013 às 15:48
Da Rádio Jornal Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem Artista plástico Abelardo da Hora chegou a ser preso mais de 30 vezes.
Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem

A Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Helder Câmara, que investiga crimes contra os direitos humanos cometidos durante o regime militar, ouviu, nesta quinta-feira (21) o artista plástico Abelardo da Hora, de 89 anos, e o economista Manoel Messias, de 78 anos. A sessão foi aberta ao público e aconteceu no auditório da OAB, na Rua do Imperador, no centro do Recife.

Os depoimentos tomados pela comissão ajudarão a elucidar os casos de perseguição política envolvendo o meio artístico e cultural dos anos 70. O economista Manoel Messias era professor na universidade católica de pernambuco quando foi preso. Já Abelardo da Hora, que, na época, integrava o movimento de cultura popular, chegou a ser preso mais de 30 vezes.

A comissão investiga 51 casos de atentados aos direitos humanos no Estado, entre assassinatos ocorridos em circunstâncias nunca esclarecidas, como o caso do padre Henrique.

A Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Helder Câmara já realizou 23 audiências públicas desde o início das suas atividades. Os trabalhos devem ser concluídos até junho de 2014, quando um relatório deverá ser entregue ao governo do Estado.

A repórter Karoline Fernandes conversou com o secretário-geral da comissão, Henrique Mariano: