Em assembleia, policiais e bombeiros militares decidem manter greve por tempo indeterminado

Da Rádio Jornal
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Publicado em 14/05/2014 às 9:00
Atualizada às 15h30 65f3a2432f0c764dc4c061c92c309bc3 Foto: Hélia Scheppa / JC Imagem Em assembleia na frente do Palácio do Campo das Princesas, centro do Recife, os policiais militares e bombeiros de pernambuco decidiram manter a paralisação. O Governo propôs a incorporação da gratificação de risco de vida, no valor de R$500, no salário e prometeu rever do plano de cargos e carreiras até o dia 15 de julho. Mas a categoria não aceitou. Em entrevista à JC News com Aldo Vilela, nesta quarta-feira (14), o soldado Alberison Carlos, diz que mais de policiais de mais de 20 batalhões aderiram à paralisação. De acordo com ele, a pauta de reivindicações foi entregue ao Governo no dia 25 de abril e a resposta da administração foi que nenhuma pauta ainda poderia ser atendida, já que estavam sendo analisadas. A categoria considera atitude um descaso. Na tarde dessa terça-feira (13), as categorias realizaram uma caminhada coletiva no Centro do Recife cobrando melhorias salariais e de condições de trabalho. No fim da tarde, uma comissão foi recebida pelo secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez. A categoria não aceitou a resposta dada pelo Estado e decidiu radicalizar dando início ao protesto. O soldado do 13º Batalhão da Polícia Militar, Joel da Arpa, afirma que o poder público sabia da insatisfação nos quartéis: A pauta reivindicada pelos policiais militares e bombeiros tem 18 itens, entre os quais reajuste na gratificação de risco e um kit composto por arma, algema e colete a prova de bala dentro do prazo de validade para toda a tropa, além da implantação de subsídios, plano de cargos e carreiras, aprovação da PEC-300 e aumento do valor do vale alimentação de R$ 154 para R$ 500. O subtenente Ricardo Lima diz que a paralisação vai durar o tempo que for necessário: O governo do estado informa que foi criada uma comissão multissetorial para analisar todos os itens da pauta. O governo garante que a segurança pública é um serviço essencial e será disponibilizada nesta quarta. Os policiais militares e bombeiros vão receber 14,55% no contracheque de junho. Luciano Vasquez, secretário da Casa Civil, afirma que os policiais militares não falaram em paralisação durante a apresentação da pauta de reivindicações: De acordo com advogados, não é possível uma paralisação de 100% da categoria, já que fornece serviços essenciais à população. "Essa greve deve ser decretada como ilegal, pois envolve um serviço imprescindível para a população. Uma greve primeiro se decreta e depois de 72 horas, ele deve ser colocada em prática. Mas no caso da polícia, não há amparo legal para a paralisação dos serviços", apontou o advogado Ney Araújo. Ouça detalhes na reportagem de Isa Maria: