O polêmico Projeto Novo Recife envolve a construção de 12 torres além de centro empresarial e hotel de luxo. A iniciativa é protagonizada pelo consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux e Queiroz Galvão e Ara & GL Empreendimentos.
Na tarde desta quinta-feira (22), um embargo expedido pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional chegou ao Cais José Estelita, onde foi realizada uma reunião entre membros do Ministério Público Estadual e Federal, representantes do legislativo municipal e membros do movimento Direitos Urbanos.
Eles solicitam que o Consórcio Novo Recife cumpra um embargo despachado pelo superintendente do Iphan, Frederico Neves, e que retirem as máquinas do local. O documento foi lido por Edilson Silva, do PSOL.
Confira no flash de Lélia Perlim outros detalhes sobre o caso e a leitura do documento:
A reunião foi convocada porque as obras foram paralisada depois que cerca de 15 pessoas fizeram um protesto. Eles questionam a validade de um alvará apresentado pela construtora para demolir os galpões.
Confira na matéria de Bianca Bion, com a repórter Vanessa Falcão:
Na manhã desta quinta-feira (22), o movimento era tranquila no local. Um mini acampamento está montado no local para garantir que as demolições, que eles consideram irregulares, não aconteçam. O repórter Rafael Carneiro foi até o espaço e detalha o que encontrou no espaço:
Acampamento reúne cerca de 10 pessoas. Foto: Rafael Carneiro/Rádio JornalA demolição dos galpões da antiga rede ferroviária federal é alvo de crítica de setores da sociedade civil organizada. O início do serviço na noite da quarta-feira (21) mobilizou dezenas de ativistas e o clima ficou tenso mesmo com a intervenção da Polícia Militar.
O trabalho foi suspenso na madrugada desta quinta-feira (22) mas através da assessoria o Consórcio Novo Recife diz ter os alvarás. Uma das pessoas que participou do protesto disse que foi agredido por um funcionário da empresa e registrou um boletim de ocorrência na central de flagrantes.
Leonardo Cysneiros professor de Filosofia e integrante do Coletivo Direitos Urbanos critica a ação: