Da Rádio Jornal
Atualizada às 16h
Foto: reprodução Blog de Jamildo
Movimentos do grupo Ocupe Estelita, que estão na Prefeitura do Recife, desde essa segunda-feira (30), devem deixar o local em momentos. A justiça estadual expediu uma ordem de reintegração de posse, mas a notificação ainda não foi entregue aos manifestantes.
Cerca de 40 pessoas ocupam a sede do executivo-municipal e exigem a participaçãp do movimento, assim como do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nas reuniões destinadas a decidir mudanças no projeto Novo Recife, destinado à área do Cais José Estelita.
A repórter Lélia Perlim conversou com a ativista Cristina Gouveia, que dá detalhes das negociações com a Prefeitura do Recife:
O protesto teve início na manhã dessa segunda-feira (30) com a montagem de barracas no hall de entrada. Os manifestantes exigiam a realização de uma reunião com instituições da sociedade civil organizada.
Em pauta, as mudanças no Projeto Novo Recife, orçado em R$ 800 milhões no Cais José Estelita. O projeto prevê a construção de 12 torres de até 40 andares no terreno de 101 mil m². A repórter Clarissa Siqueira esteve lá no início da manhã para conferir a situação dos manifestantes. Ouça nos áudios abaixo:
Em entrevista a Geraldo Greire, o Secretário Municipal de de Juventude e Qualificação Profissional, Jayme Asfora, afirmou que espera que os ativistas saiam antes das 14h, prazo acordado com a Prefeitura. Ele também disse que a melhor solução é sempre o diálogo. "Todos nós temos visões críticas sobre o projeto, e precisamos lidar com ele da melhor e mais pacífica possível", afirmou Jayme Asfora.
O Movimento Ocupe Estelita foi intensificado em maio com o acampamento montado para impedir a demolição dos galpões. A reintegração de posse da área, ocorrida no dia 17 de junho, foi marcado por denúncias de excessos da Polícia Militar.
Os ativistas defendem o cancelamento do projeto e o uso do espaço para atividades culturais e esportivas, ou a readaptação do projeto de maneira a atender os interesses de todos. Nas redes sociais, o movimento tem forte adesão inclusive com apoios vindos de outros estados e países. O Consórcio Novo Recife formado por quatro empresas admitiu a possibilidade de rever as concepções arquitetônicas.
A ordem de retirada dos manifestantes do prédio sede da Prefeitura do Recife foi assinada pelo juiz plantonista do TJPE, Rosalvo Maia. O jornalista e integrante do movimento, Chico Ludemir, afirma que a ação tem um objetivo claro:
A Prefeitura do Recife informa que sempre esteve aberta ao diálogo em torno do polêmico projeto no Cais José Estelita. Está sendo publicada no Diário Oficial do Município a convocação para uma audiência pública dentro de quinze dias.
A retirada dos manifestantes do prédio depende da entrega da notificação aos responsáveis, o que deve ocorrer ainda durante até o início da tarde. O secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, Antônio Alexandre, critica o protesto:
