Com informações do JC Online
A viúva de Ariano, Zélia, cercada por familiares
Foto: JC Imagem
Centenas de pessoas, entre familiares, amigos e fãs, lotaram a Basílica do Carmo, no bairro de Santo Antônio, na noite dessa terça-feira (29), para a celebração da missa de sétimo dia em memória do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna. Das estampas presentes no missal às palavras do arcebispo do Recife e de Olinda, dom Fernando Saburido, a cerimônia seguiu dentro da temática armorial. Demonstrações de carinho e memória foram acompanhadas por trechos de suas obras e canções, como "Cantiga de Jesuíno" e "Os do norte que vem".
Sobre a regência de Antúlio Madureira, os músicos que acompanhavam Ariano em suas aulas-espetáculos fizeram uma homenagem ao artista nascido na Paraíba, mas pernambucano de alma. "A gente só podia expressar o nosso amor, a nossa consideração", diz Ednaldo Gomes de Santana, que acompanhava Ariano há sete anos.
No encerramento da cerimônia, a filha Mariana, acompanhada das netas Ester e Anaís Suassuna, dedicaram palavras para o escritor relembrando a sua relação de atenção e carinho com a família, assim como sua religiosidade. "É um homem que se preocupa muito com o outro, uma pessoa honesta e honrada, que detesta a falta de caráter. Duro nas palavras, mas ao mesmo tempo atencioso e carinhoso", afirmou Mariana.
Dizem que tudo passa e o tempo duro tudo esfarela: o sangue há de morrer! Mas quando a luz diz que esse ouro puro se acaba por finar e corromper, meu sangue ferve contra a vã razão e há de pulsar o amor na escuridão!, diz o verso de Ariano, retirado do poema em homenagem a Zélia A mulher e o reino, escolhido para estampar a camisa utilizada pelos familiares.